Derrotado nas eleições presidenciais do
ano passado, Ciro Gomes (PDT) diz que vai pensar cem vezes se será candidato
novamente em 2022. "Sabe lá o que vai acontecer com o Brasil, estou
muito angustiado, muito preocupado e acho que preciso ter a liberdade de uma
não conveniência de candidatura para ajudar os jovens, principalmente, a
entender o que está acontecendo", disse.
O ex-ministro afirmou, porém, que se
for essa a vontade do partido, terá entusiasmo para disputar o Planalto mais
uma vez. Ciro diz que, agora, não vai "agir com a prudência de
candidato", ou seja, não terá "silêncios, conversa mole e promessas
mirabolantes". "Vou falar o que as pessoas precisam ouvir",
disse à imprensa após palestrar em evento em São Paulo nesta segunda-feira
(11).
No encontro, chamou os integrantes do
governo Jair Bolsonaro (PSL) de "bando de boçais" e de
"canalhas". Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL),
foi qualificado de "laranja-mor" para o público do evento organizado
pelo Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa.
Também sobraram críticas à imprensa, ao
PT, ao Judiciário e ao vereador Fernando Holiday (DEM-SP). Ciro disse que
continuará lutando e que planeja lançar um livro e fazer palestras pelo
país. Em meio a uma longa explanação sobre economia para cerca de 70
pessoas, entre elas o vereador Eduardo Suplicy (PT), Ciro disse ver confusão no
governo federal. "Botaram um garoto de 13 anos, adolescente, tuiteiro,
para governar o país", disse arrancando risadas da plateia.
À imprensa, Ciro disse que não iria
comentar os tuítes de Bolsonaro, pois não são temas relevantes, como as
suspeitas sobre Flávio Bolsonaro e o laranjal do PSL –assuntos que ele pediu
que a imprensa continue investigando.
Ciro ainda contestou sua condenação
pelo Tribunal de Justiça de São Paulo ao pagamento de R$ 38 mil de indenização
por danos morais ao vereador Fernando Holiday por chamá-lo de
"capitãozinho do mato" em entrevista à Rádio Jovem Pan no ano
passado.
No mês passado, ele voltou a usar a expressão
"capitão do mato" em entrevista à rádio cearense Tribuna BandNews FM,
e Holiday disse que o processará novamente.
"A crítica política é livre. O dia que alguém
tipo um bostinha desses me calar, nesse dia eu já saí da vida pública",
afirmou Ciro.
Fonte: Diário OnLine
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