FOTO: Elizângela Santos.
Doze grupos empresariais disputam a concessão do
Aeroporto Orlando Bezerra de Menezes, que será levado a leilão pelo Governo
Federal no próximo dia 15 de março. A informação foi confirmada pelo empresário
e articulador do leilão, José Roberto Celestino, que afirma existir interesse
de empresas nacionais, norte-americanas, asiáticas e europeias.
Conforme prevê o edital da Agência Nacional de
Aviação Civil (Anac), publicado em novembro do ano passado, o valor mínimo para
a concessão dos serviços é de R$ 171 milhões.
“Muitas dessas empresas vieram ao Cariri para
conhecer a estrutura do aeroporto e saíram daqui com uma boa visão da região e
demonstrando interesse em investir no terminal”, ressalta Celestino,
acrescentando ainda que o equipamento aeroportuário do Cariri, conforme a Anac,
possui capacidade de receber R$ 190 milhões em investimentos após ser
privatizado, no entanto, o volume de recursos a ser aplicado no terminal
dependerá do interesse comercial da empresa ganhadora da concessão.
“O potencial de investimento vai depender da visão
econômica que a companhia terá da nossa região. Se for um negócio rentável, e
assim acreditamos, a empresa investirá mais dinheiro, o que pode resultar na
melhoria da qualidade dos serviços”, afirma o articulador.
Confiante em um leilão vantajoso para o avanço do
único Aeroporto do Cariri, Celestino acredita que até 2021 o terminal deverá
passar por um intenso processo de expansão. “Daqui a três anos, estaremos num
aeroporto cinco vezes maior do que o atual, com mais lojas, mais serviços, mais
áreas de estacionamento de veículos, etc”.
Conforme apurado pelo Jornal do Cariri, desde 2012,
quando a Infraero assumiu definitivamente a administração do terminal, a
capacidade operacional do Aeroporto Regional do Cariri passou de 50 mil para
1,2 milhão de passageiros por ano.
O aumento na demanda por voos motivou investimentos
na infraestrutura do local. Nos últimos seis anos, por exemplo, o Número de
Classificação do Pavimento (PCN), índice que indica a resistência da pista de
pouso e decolagem, saltou de 29 para 46.
Desafio Para o articulador do leilão, que também é
um pesquisador na área de aviação há mais de 30 anos, o investimento mais
urgente a ser feito pela futura concessionária do terminal aeroportuário do
Cariri será na pista de aterragem. “Apesar dos avanços implantados na pista nos
últimos anos, a demanda de passageiros é crescente, por isso o terminal passou
a receber aeronaves de maior porte, o que exige uma pista com condições de
resistência adequadas”, destaca.
Atualmente, o Aeroporto do Cariri já opera com
aviões modelo A 320, que possui capacidade para transportar 164 passageiros.
No entanto, de acordo com Roberto Celestino, a
pista de pouso e decolagem dispõe de condições para atender apenas modelos A
318, capaz de comportar 120 passageiros. “A nova concessionária deve concentrar
investimentos na ampliação da resistência da pista para atrair mais companhias aéreas
e aumentar o fluxo de passageiros”, finaliza.
(Jornal do Cariri)
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