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Renan Calheiros é escolhido pelo MDB para disputar presidência do Senado

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) venceu a disputa interna no partido e vai ser o nome do MDB para a eleição da presidência do Senado, que será realizada nesta sexta-feira (1°). O alagoano derrotou a correligionária Simone Tebet (MS) por sete votos a cinco, na noite desta quinta-feira (31), véspera da eleição da Mesa Diretora.
Renan, que já presidiu o Congresso Nacional por quatro vezes, deverá ter como concorrentes os colegas Tasso Jereissati (PSDB-CE), Davi Alcolumbre (DEM-AP), Esperidião Amin (PP-SC), Major Olímpio (PSL-SP), Álvaro Dias (PODE-PR), Angelo Coronel (PSD-BA) e Regguffe (sem partido-DF).

Calheiros não falava publicamente como candidato. Pelo contário, defendia a unidade da bancada, assim como Eunício Oliveira (MDB-CE) que não deu declarações de preferências em relação aos colegas de partido. Nos bastidores, porém, se articulava para a postulação.

É esperada que a eleição da Mesa Diretora seja conturbada. Não apenas pela quantidade de candidatos, mas por questionamentos em relação ao voto dos senadores, que pode ser aberto ou fechado, e ainda sobre a possibilidade de ter ou não segundo turno.

Aproximação com governo

Há 24 anos no Senado, Renan já presidiu a Casa quatro vezes. Até entrar na reunião da qual saiu vitorioso, negava estar disputando qualquer cargo. Para o público, queria aparecer já ungido pela bancada.

"Nunca postulei candidatura porque sempre tive a compreensão de que a bancada majoritariamente que vai escolher. Quem vai falar primeiro é a bancada. Vamos aguardar", afirmou ao chegar para o encontro.

Mas, nos bastidores, Renan vinha fazendo campanha desde o final de 2018. Para diminuir a resistência do governo de Jair Bolsonaro a ele e tentar mostrar sintonia com a onda de renovação que marcou as eleições de outubro, criou dois personagens: o "Renan velho", um "sobrevivente" e de perfil "estatizante" e o "Renan novo", um "liberal", nas palavras dele, defensor das reformas prioritárias do ministro Paulo Guedes (Economia).

O ex-senador Wellington Salgado, que no ano passado intermediou um encontro entre Renan e Guedes acompanhou as discussões. Salgado também é amigo de Bolsonaro e, segundo emedebistas, tem feito a ponte entre a família do presidente e Renan. A confiança de integrantes do Palácio do Planalto no senador emedebista não é plena devido ao histórico político dele.

O senador alagoano tem a seu favor a habilidade política de ter sido presidente do Senado quatro vezes e a postura firme na defesa dos seus pares diante da Justiça e do Ministério Público.

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