No sétimo dia de
buscas por vítimas do desastre causado pelo rompimento da barragem Mina Córrego
do Feijão, em Brumadinho, nos arredores de Belo Horizonte, as autoridades
contabilizam 99 mortos e 259 desaparecidos. O número de vítimas aumenta na
proporção que a esperança diminui. Bombeiros experientes relatam que há
dificuldades devido ao mar de lama que tomou conta da região.
Os trabalhos de resgate começam diariamente, por volta das 4 horas, e
vão até a noite. A barragem B6, com água, segue monitorada 24 horas, sem risco
de rompimento. Um plano de contingência, entretanto, foi elaborado de forma
preventiva.
Buscas
Nos dois últimos dias, segundo o Corpo dos Bombeiros, as buscas se
concentraram onde ficava o antigo refeitório da Vale. É realizado monitoramento
na área por onde os rejeitos se espalharam, coberta a partir de grupos
distribuídos em 18 pontos. Há locais em que a lama se acumula a 10 metros de
profundidade.
Nessa quarta-feira, 30, tropas enviadas de São Paulo começaram a atuar
em seis pontos de monitoramento. As atividades também foram reforçadas por 58
voluntários, que ficam nas imediações e contribuem na verificação de vestígios
de corpos.
Barragens
A Defesa Civil de Minas Gerais divulgou nessa quarta um “plano de
contingência” no caso de riscos relacionados às barragens da região de
Brumadinho que não se romperam. Mas, de acordo com o porta-voz da corporação,
tenente-coronel Flávio Godinho, a medida é preventiva, pois não há barragens
com risco de rompimento.
Segundo Godinho, as demais barragens estão no nível de segurança 1. O
risco aumenta quando a classificação passa para níveis superiores, como 2 ou 3.
Contudo, acrescentou o porta-voz, não há situações desse tipo ainda na região.
Em nota, a Defesa Civil designou locais para os quais moradores e
pessoas que estiverem na área devem se dirigir em uma situação hipotética. “A
Defesa Civil divulga pontos como medida preventiva em caso de elevação do
risco”, destacou o comunicado.
“As polícia Civil e Militar estão monitorando as barragens em tempo real
para, em caso de mudança na situação, haja aviso por meio de sirenes para que a
população possa se deslocar de forma organizada e ordeira”, afirmou Godinho.
Agência Brasil
Foto: Mauro Pimentel/AFP)
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