não mexer

header ads

Controle na oferta de água dos reservatórios deve continuar este ano


Apesar de uma previsão climatológica otimista para os três primeiros meses da quadra chuvosa de 2019 - com 40% de chances de chuvas dentro da média - a distribuição espacial dessas precipitações mantém o alerta. Isso porque o Centro-Sul do Estado, onde se localiza a principal bacia de contribuição para o abastecimento de Fortaleza e Região Metropolitana, deve ser a região a receber chuvas mais irregulares, segundo prognóstico da Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme).
Foto: Helene Santos


Cumprindo-se o cenário negativo, caberá ao Estado manter um maior controle na oferta de água através de uma gestão otimizada dos reservatórios, segundo aponta o secretário dos Recursos Hídricos, Francisco Teixeira. O processo implica em gerenciar a condução dos estoques de água em quantidades minimamente necessárias para atender as principais demandas, a exemplo do que vem sendo feito no Castanhão, hoje com 3,9% de sua capacidade total.

"Tivemos um processo de alocação de água muito rigoroso. Em 2014, chegamos a liberar, no 2º semestre, 28 metros cúbicos por segundo. Fomos escalonando com os anos e em 2018 reduzimos para algo em torno de 11 metros cúbicos por segundo. Chegamos ao limite do que podíamos liberar", afirma Teixeira.

A diversificação da matriz hídrica, ou seja, a busca por fontes alternativas de água, também continuará como estratégia de atuação para este ano. Entre elas, destaca o secretário, está o programa de construção de poços, responsável pela implantação de cerca de 6.500 unidades nos últimos quatro anos. "Todas as cidades do Interior que tiveram seus reservatórios colapsados, nós evitamos o desabastecimento construindo poços".

Na Capital, o projeto de dessalinização da água do mar, atualmente em fase de conclusão de estudo; assim como o plano de reúso de água para oferta industrial, também são alternativas para diversificação da matriz hídrica. "Outra inovação é que passamos a utilizar o complemento do abastecimento da Região Metropolitana e de algumas cidades do interior captando água da chuva no leito dos rios Jaguaribe e Banabuiú", explica o gestor.

Consumo
Em se tratando de um controle da demanda, o Estado registrou redução no consumo domiciliar nos últimos quatro anos, segundo dados da Companhia de Água e Esgoto (Cagece). O volume médio consumido em Fortaleza caiu 18,8%, passando de 107,3 milhões de metros cúbicos (m³) em 2015 para 87 milhões de metros cúbicos de água em 2018, com dados consolidados até o mês de novembro.

Se levado em consideração o interior do Estado, a redução foi de 10,3% no mesmo período, variando de 101,8 milhões de m³ para 91,3 milhões de m³. Para a Cagece, a queda se deve à execução de ações de convivência com a seca, entre elas a Tarifa de Contingência, que tem como meta a redução de 20% no consumo de água pela população.

O uso industrial, uma das maiores demandas, também apresentou considerável redução. Levantamento da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) revela queda de 20 milhões de m³ no consumo das indústrias da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Para Francisco Teixeira, isso é reflexo do trabalho realizado junto às empresas sobre o processo de reutilização das águas.

"O Pecém chegou a consumir, quando começou a funcionar, cerca de 800 litros por segundo. Hoje está consumindo algo em torno de 450 litros por segundo, o que é uma economia bastante representativa. Além do mais, as termelétricas estão desligadas",contabiliza ele.

Postar um comentário

0 Comentários