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Após 28 dias de atentados, Ceará registra trégua nas últimas 24 horas

Após 28 dias seguidos de atentados, o Ceará não registrou nas últimas 24 horas nenhum ataque criminoso. O reforço no policiamento na Capital e cidades da Região Metropolitana, bem como, nas estradas, preveniu a repetição dos atos de vandalismo. Neste fim de semana próximo, uma nova megaoperação será realizada na Grande Fortaleza, com barreiras e saturação nos bairros.
Entre os dias 2 e 29, mais de 250 ataques foram praticados no Ceará, numa represália do crime organizado às medidas disciplinadoras imposta pela nova Secretaria Estadual de Administração Penitenciária nos presídios cearenses.

Além dos efetivos das polícias Civil e Militar, o Ceará conta neste momento com um reforço de aproximadamente 400 homens da Força Nacional de Segurança (FNS), 360 da Polícia Rodoviária Federal (PRF). As guarnições de Polícias Militares de estados como Piauí, Pernambuco e Bahia que aqui estiveram já foram desmobilizadas, retornando aos seus estados de origem.

Nos próximos dias, deverá chegar à Fortaleza um reforço da Força de Intervenção Penitenciária (FIP), vinda de Brasília com a autorização do Ministério da Justiça e da Segurança Pública (MJSP).

A FIP vai atuar no reforço da segurança, escolta e custódia nos presídios que fazem parte do Complexo Penitenciário de Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Os agentes especializados poderão, também, auxiliar na transferência de detentos das cadeias públicas para a Grande Fortaleza. A remoção de detentos das unidades interioranas prossegue no estado.

Ataques

A onda de ataques criminosos no Ceará, neste ano, teve início na tarde do último dia 2, quando bandidos incendiaram três ônibus em Fortaleza, nas avenidas Dionísio Leonel Alencar (bairro Edson Queiroz), Cônego de Castro (na Vila Manuel Sátiro) e Augusto dos Anjos (bairro Bonsucesso).

Na madrugada do dia 3 ocorreu o atentado com maior estrago e prejuízos: a explosão de artefatos em um viaduto na BR-020, em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Daí em diante, os ataques se multiplicaram pelas ruas da Capital e da RMF, chegando ao interior do estado, onde mais de 50 cidades se tornaram palcos da violência e do vandalismo. Em algumas delas, como Ibaretama, no Sertão Central (a 130Km de Fortaleza), os prejuízos com os incêndios criminosos em prédios públicos foram altíssimos. Praticamente toda a frota de veículos de Ibaretama foi incendiada, provocando um prejuízo da ordem aproximada de R$ 5 milhões, segundo cálculos das autoridades.

A ação devastadora dos atentados levou o governo do estado a recorrer ao governo federal em busca de ajuda. O governador Camilo Santana (PT) foi à Brasília e obteve do ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, a autorização para a vinda de uma fração da tropa da Força Nacional de Segurança (FNS), com cerca de 400 homens.

Camilo pediu também a ajuda de seus aliados políticos, especialmente, governadores do seu partido, o PT. Da Bahia vieram 100 homens da tropa de elite da PM em Salvador, destacados para atuar no interior junto com o Comando Tático Rural (Cotar), do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque).

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