Conversa de Tasso com Flávio Bolsonaro foi confirmada pela assessoria do tucano (Foto: Julio Caesar) |
Um dos seis
pré-candidatos à presidência do Senado Federal, o cearense Tasso Jereissati
(PSDB) tem ensaiado uma aproximação com o presidente da República eleito Jair
Bolsonaro (PSL). Desde novembro, o tucano já se reuniu duas vezes com a
deputada federal eleita Joice Hasselmann (PSL-SP), com o senador eleito Major
Olímpio (PSL-SP) e também com o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni
(DEM-RS).
Os encontros foram confirmados pela assessoria de Tasso, que mencionou uma "conversa informal" do cearense com o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) no plenário do Senado. O tucano teria se encontrado também com representantes da política econômica do próximo governo federal, como o futuro presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida.
O nome de
Tasso não é apoiado oficialmente pela equipe de transição do governo Bolsonaro,
que já se reuniu com outros pré-candidatos, como Álvaro Dias (Pode-PR) e
Esperidião Amin (PP-SC). O discurso do momento é de que o Planalto não pretende
intervir na disputa. Principal preocupação de Bolsonaro é que Renan Calheiros
(MDB-AL) não vença.
Calheiros é
visto como "hostil" ao futuro governo porque, sendo apoiado por
partidos da oposição como o PT, seria contrário à agenda econômica de Paulo
Guedes. Tasso, por sua vez, declarou em entrevista à Crusoé na semana passada
que "a visão econômica que está sendo pintada é muito parecida" com a
do PSDB.
Durante a
campanha à presidência da República, Tasso apoiou o tucano Geraldo Alckmin ao
cargo e fez críticas à postura de Bolsonaro. Atualmente, tem amenizado a
opinião, embora afirme que o PSDB não será base do governo.
No Ceará, o
tucano tem a "simpatia" dos senadores eleitos Cid Gomes (PDT) e
Eduardo Girão (Pros). Ao O POVO, Girão afirmou que ainda não conversou com
Tasso sobre isso, mas que ele é "um nome transparente e ético".
"A gente tem que virar a página de políticos que estão sendo investigados.
Eu não voto no Renan", disse.
Já Cid
evitou dar detalhes sobre seu voto: "No nosso bloco (PDT, PSB e PCdoB),
ainda não foi tratada, de forma formal, a definição de nomes". Em outras
ocasiões, porém, já afirmou que votaria no tucano para o cargo. Seu irmão Ciro
Gomes (PDT) já disse que o "distanciamento" de Tasso nunca os
agradou.
Disputa
Seis nomes
são cotados para a disputa: Renan Calheiros (MDB-AL), Simone Tebet (MDB-MS),
Tasso Jereissati (PSDB), Davi Acolumbre (DEM-AP), Alvaro Dias (Podemos-PR) e
Esperidião Amin (PP-SC).
Com
informações portal O Povo Online
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