O
procurador-geral de Justiça, Plácido Rios, criticou a ação dos policiais
durante a tentativa de ataque a duas agências bancárias no município
de Milagres que deixou 14 mortos. "A operação foi
evidentemente um fracasso sob todos os aspectos", afirmou durante coletiva
na tarde desta segunda-feira (10). Plácido Rios afirmou que foi
criada uma comissão de procuradores para acompanhar o caso. A equipe é composta
pelos promotores de Justiça Humberto Ibiapina, Gomes Câmara, Luciana de
Aquino,Fernanda Andrade,
Manuel Pinheiro, Nelson Gesteira, Juliana Mota, Daniel Ferreira e Leonardo
Marinho.
O
procurador disse também que não vai abrir uma investigação paralela.
"O objetivo maior é que tenhamos um conjunto de autoridades, polícia
judiciária, perícia, controladoria, atuando com esse mesmo objetivo. Quanto
mais contundente for a aprova, mais terá a importância ser recolhida e
mais a gente terá cuidado para evitar que provas se percam", afirmou.
A tragédia
teve início por volta das 2h30 da sexta-feira, quando uma quadrilha armada e
com reféns, foi surpreendida por equipes policiais. Moradores do local contaram
que ocorreu uma sequência de tiros, com duração de 20 minutos. Oito suspeitos e
seis reféns, sendo cinco da mesma família, morreram durante o confronto. A
polícia prendeu ainda oito suspeitos da participação no crime.
O governador do
Ceará, Camilo Santana, informou nesta segunda-feira (10) que 12
policiais envolvidos na "Tragédia de Milagres" foram
afastados dos serviços até que a apuração do grupo especial de investigação
da ação que resultou na morte de 14 pessoas seja finalizada. Conforme
Camilo, 12 agentes de segurança que estavam na ação estão sob serviço administrativo
até a conclusão da investigação
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