O deputado federal Luiz
Henrique Mandetta (DEM-MS), médico ortopedista, foi anunciado nesta
terça-feira, 20, como o futuro ministro da Saúde do governo de Jair Bolsonaro
(PSL). O nome foi anunciado pelo presidente eleito por meio do Twitter após
reunião com representantes do setor.
De acordo com a proposta
orçamentária do governo para 2019, Mandetta terá disponíveis 128,19 bilhões de
reais, o segundo maior orçamento da administração federal, atrás apenas do
Ministério do Desenvolvimento Social (745 bilhões de reais), que cuida da
Previdência.
Ex-secretário da Saúde
de Campo Grande (MS) entre 2006 e 2010, no governo de André Pucinelli (MDB), o
futuro ministro responde a um inquérito aberto quando ele estava no cargo. Ele
é investigado por fraude em licitação, tráfico de influência e caixa dois na
implementação de um sistema de prontuário eletrônico.
Auditoria feita pela
Controladoria-Geral da União (CGU) em 2014 apontou que, apesar de o pagamento
pelo contrato estar praticamente finalizado, o sistema não havia sido instalado
nas unidades de saúde. O parlamentar nega irregularidades.
O caso estava no Supremo
Tribunal Federal (STF), mas foi remetido à Justiça Federal do estado depois da
decisão da Corte que restringiu o foro privilegiado a parlamentares a crimes
cometidos no exercício do mandato.
Pesou na indicação,
entretanto o apoio de deputados da Frente Parlamentar da Saúde, representantes
das associações das Santas Casas e outras entidades médicas que apoiam o nome
do deputado do MS.
Esperado
A indicação já era
esperada. Na última semana, o coordenador da transição, Onyx Lorenzoni
(DEM-RS), disse que o parlamentar tinha a “preferência” do presidente eleito
para comandar a pasta.
De acordo com o blog
Radar, antes mesmo de ser confirmado no comando da Saúde, Mandetta começou a
ser tratado pelos seus colegas de Congresso como integrante do primeiro escalão
do governo.
Com a nomeação, o DEM
ocupará o terceiro ministério no governo de Bolsonaro apesar de o partido ainda
não ter decidido apoiar formalmente o governo. O partido tem a chefia da Casa
Civil, com Onyx, e a Agricultura, com a deputada federal Tereza Cristina,
também do Mato Grosso do Sul. A legenda trata as indicações como pessoais do
presidente eleito ou dos setores interessados.
Fonte: Veja.com
(Com Estadão Conteúdo e Reuters)
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