O
presidente da República eleito, Jair Bolsonaro (PSL), disse ter conversado por
telefone com o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán, na manhã desta
segunda-feira (19). De acordo com o presidente eleito, Orbán --que é uma das
principais lideranças de direita da Europa e militante contra as políticas
humanitárias de imigração-- o parabenizou pela vitória e disse ter intenção de
selar novas parcerias comerciais com o Brasil.
"Se
trata de um povo que sofreu muito com comunismo no passado. O povo brasileiro
não sabe o que é ditadura aqui ainda, não sabe o que é sofrer nas mãos dessas
pessoas. E ele está muito feliz com a nossa eleição e teremos grande parceria
no futuro", afirmou Bolsonaro, que evitou confirmar a presença de
estadistas na sua cerimônia de posse, no dia 1º de janeiro.
Sobre o
fato de o Parlamento Europeu ter aprovado uma sanção, em setembro, contra Orbán
por "violação grave aos valores europeus", Bolsonaro disse que
concorda com o endurecimento das normas migratórias no Brasil, assim como foi
feito na Hungria.
"Eu
fui contra esta última lei aprovada. O Brasil se tornou um país sem fronteiras.
Não podemos admitir a migração desordenada para cá. Não podemos permitir isso,
que alguém chegue aqui com mais direitos do que teria lá [no exterior]",
afirmou.
Bolsonaro
também disse concordar com a redução de repasses para ONGs (Organizações Não
Governamentais) que atendem imigrantes. "Se não são governamentais, porque
essas organizações recebem dinheiro do governo? Não vão receber dinheiro para
fazer campanhas contra os interesses nacionais", concluiu.
Fonte: UOL.
0 Comentários