A primeira pesquisa Ibope depois da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que rejeitou a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com base na Lei da Ficha Limpa apresenta dois movimentos: o primeiro da pulverização dos votos do petista; e o segundo da elevada rejeição a Jair Bolsonaro (PSL).
Neste momento, o que se vê é que os votos de Lula não são transferidos automaticamente ao ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad. O petista cresce em valores semelhantes ao de Geraldo Alckmin (PSDB), Bolsonaro e Ciro Gomes (PDT). Nesta rodada, só Marina Silva (Rede) manteve o patamar de 12%.
Ciro Gomes aparece com crescimento de 3% e com subida significativa no Norte e no Nordeste – regiões que, tradicionalmente, dão votos ao ex-presidente – e também no Centro-Oeste.
O pedetista cresce 8% no Norte e no Centro-Oeste e cresce 6% entre os nordestinos, subindo de 14% para 20%.
Essa pulverização de votos de Lula já gerou um alerta em setores do PT que temem um prolongamento da estratégia da legenda de esticar ao máximo a candidatura do ex-presidente com recurso ao Supremo Tribunal Federal.
Em outra frente, a pesquisa também traz uma advertência ao candidato do PSL, Jair Bolsonaro. Apesar de estar com percentual que o coloca em primeiro lugar na disputa no primeiro turno, ele aparece também com uma rejeição elevadíssima, de 44%.
Segundo analistas de pesquisa, esse percentual dificulta o desempenho de Bolsonaro em um eventual segundo turno. E as simulações de voto indicam isso: ele perde para Marina, Ciro e Alckmin. O candidato do PSL empata tecnicamente apenas com Fernando Haddad.
Por isso, a estratégia do PT é de tentar uma polorização com Bolsonaro, pois a legenda avalia que, em um eventual segundo turno, seria o cenário com maior probabilidade de vitória petista.
Fonte: Blog do Gerson Camarotti, no G1
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