Após decreto que reduziu a alíquota do Imposto
sobre Produtos Industrializados (IPI) de concentrados de refrigerantes
produzidos na Zona Franca de Manaus de 20% para 4%, representantes do setor
manifestaram-se contra a medida e apontam perspectiva de impactos para o
Brasil. A medida tem impacto, também, no Ceará.
A previsão é
de que os fornecedores percam cerca de R$ 500 milhões em insumos e sofram uma
perda de 6 a 10 mil empregos nos postos de trabalho, no setor dos fornecedores.
No varejo, 22% do faturamento de bares e restaurantes será abalado e as
demissões podem alcançar até 35 mil empregados, segundo Associação Brasileira
dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas).
O objetivo do
governo com a medida é compensar parte do custo de R$ 13,5 bilhões causado pela
redução de R$ 0,46 no preço do litro de diesel. A expectativa com o fim dos
incentivos para a área é gerar R$ 740 milhões de arrecadação aos cofres
federais.
Segundo o
presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas
não Alcóolicas, Alexandre Jobim, a indústria do refrigerante na Zona Franca de
Manaus gera empregos em cadeia, uma vez que é necessário mão de obra
diferenciada para cada etapa da cadeia produtiva do refrigerante. Além disso,
ele explica que muitos concentrados são comprados de lá por outras empresas de
todo o Brasil.
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