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PGR denuncia Bolsonaro ao STF por racismo

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, apresentou nesta sexta-feira uma denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) por racismo. Um dos filhos de Jair, o também deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), foi denunciado, em outro processo, por ameaçar uma jornalista.

A acusação contra Jair Bolsonaro foi baseada em uma palestra que ele deu no Clube Hebraica do Rio de Janeiro, em abril do ano passado. Para Raquel Dodge, ele demonstrou preconceito contra quilombolas, indígenas, refugiados, mulheres e LGBTs.

Uma das frases questionada é a que ele diz que visitou um quilombo e que os moradores de lá "não fazem nada" e "nem para procriador servem mais". A procuradora-geral considerou essa declaração "inaceitável".

Pela mesma declaração, o deputado já foi condenado, pela Justiça Federal do Rio de Janeiro, a pagar R$ 50 mil como indenização.

Raquel Dodge classificou a conduta dele como "severamente reprovável" e disse que ele atingiu "atingiu valores e princípios fundamentais da República Federativa do Brasil".

A procuradora-geral pede que Jair Bolsonaro pague uma mula de R$ 400 mil, por danos morais coletivos. Caso condenado, ele pode pegar de um a três anos de prisão.

'Acabo com sua vida'
Já Eduardo Bolsonaro é acusado de ter afirmado que iria "acabar com a vida" da jornalista Patrícia Lélis, por meio de mensagens enviadas pelo aplicativo Telegram.

"Se você falar mais alguma coisa, eu acabo com a sua vida", teria dito ele. Quando ela questionou se aquilo era uma ameaça, ele respondeu: "Entenda como quiser. Depois, acrescentou: "Mais uma palavra e eu vou pessoalmente atrás de você".

Patrícia Lélis apresentou queixa contra o parlamentar na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher de Brasília (DEAM) e apresentou reproduções das mensagens. As imagens indicam que opção de deletar os textos automaticamente, depois de cinco segundos, foi ativada pelo interlocutor dela.

De acordo com Raquel Dodge, isso indica "que o denunciado teve a preocupação em não deixar rastro das ameças dirigidas à vítima".

O número que apareceu nas imagens como responsável por enviar as mensagens pertence a Eduardo Bolsonaro, segundo informou à PGR a operada responsável.

No caso de Eduardo, a pena prevista é de um a seis meses de detenção, que pode ser cumprida nos regimes semiaberto e aberto.

Raquel Dodge apresentou a proposta de um acordo, para substituir a pena por medidas alternativas.

O GLOBO procurou a assessoria dos dois parlamentares, mas ainda não teve retorno.

Fonte: O Globo

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