O outono chegou, o inverno se aproxima e, junto com as alterações climáticas, vêm também o nariz entupido, a coriza e a sensação de dor no corpo. Mas em 2016, de modo atípico, o vírus da gripe H1N1 começou a se proliferar antes das temperaturas muito frias – e de modo intenso.
De acordo com o último boletim do Ministério da Saúde, divulgado em 4 de abril, já foram registradas 71 mortes. O número de casos também é expressivo. Só neste ano, são 444 notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), ocasionada pelo vírus influenza A.
Para se ter uma ideia, o número de casos já atingiu o triplo de todo o ano de 2015. Ou seja, vale a pena cuidar da saúde e aprender a identificar os sintomas que podem indicar que é hora de ter atenção.
Sintomas da gripe H1N1, gripe comum e resfriado
Diante do alto número de casos da gripe H1N1, é importante saber diferenciar a doença de um simples resfriado e da gripe comum. Apesar de muito semelhantes, elas possuem agentes causadores diferentes e apresentam algumas distinções nos sintomas. Saber identificá-los facilita o tratamento e evita complicações.
Resfriado
Causado principalmente pelos rinovírus e outros cinco grupos de vírus, o resfriado atinge as vias aéreas superiores do corpo: nariz, faringe e laringe. Por isso, as manifestações mais características são a coriza, a sensação de narinas congestionadas e incômodos leves no corpo. Na maioria dos casos não há febre. Se houver, é baixa.
Gripe comum
As gripes que atingem a maior parte população, geralmente no inverno, são causadas pelos vírus influenza. Eles são classificados em três tipos: A, B ou C. A gripe H1N1 é causada pelo tipo A e, por isso, qualquer outra manifestação está relacionada com os vírus das categorias B e C. Os sintomas, porém, são muito semelhantes.
Febre alta, dores musculares e de cabeça, tosse, espirro, dor nos olhos, congestão nasal, fadiga e calafrios são algumas das principais manifestações das gripes sazonais.
Gripe H1N1
O vírus influenza do tipo A, causador da gripe suína, recebe esse nome justamente porque pode atingir humanos e porcos. Os sintomas da infecção são muito semelhantes aos de qualquer outra gripe, mas podem se manifestar de uma forma mais intensa: a pessoa sente muitos calafrios, tem tosse seca e contínua, náuseas, diarreia e até rouquidão.
Diante desses indícios, é fundamental buscar ajuda médica. O vírus H1N1, em especial, replica-se com facilidade nas regiões próximas aos pulmões, gerando risco de infecção, enquanto os vírus da gripe sazonal se concentram apenas na região do nariz até a traqueia. Pela proximidade com o órgão vital, a influenza A é mais perigosa.
Como prevenir a gripe H1N1
O primeiro cuidado relacionado à prevenção da gripe suína é tomar a vacina ofertada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que protege contra os três tipos de influenza. De acordo com o calendário nacional, as vacinas começam a ser distribuídas no dia 30 de abril.
No estado de São Paulo, porém, a campanha de vacinação foi antecipada e já está em andamento. O estado de Santa Catarina foi outra exceção, devido ao número expressivo de novos casos da doença. Por lá, a campanha de vacinação terá início em 25 de abril.
Além da vacina, outros meios de evitar a contração do H1N1, de acordo com o Ministério da Saúde, são os seguintes: higienizar sempre as mãos com álcool gel, cobrir o nariz e a boca ao espirrar e tossir, evitar o compartilhamento de objetos pessoais e manter os ambientes ventilados.
Fonte: Doutíssima
0 Comentários