Às vésperas da votação do parecer pela admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Comissão Especial, Brasília teve um fim de semana de reuniões estratégicas. A base governista se concentrou em buscar votos para evitar uma derrota expressiva nesta segunda na comissão. Se isso ocorrer, avaliam governistas, poderá ampliar a percepção de fraqueza e de isolamento político da presidente Dilma.
Na outra ponta, a oposição avalia que uma boa vitória na comissão, aliada aos eventos da semana passada decorrentes da Operação Lava Jato, lhe dará fôlego nesta semana decisiva.
De acordo com o Placar do Impeachment, do Estado, ao menos 35 dos 65 deputados da comissão, que se reúne a partir das 10h desta segunda, se declaram favoráveis ao impeachment. É necessária maioria simples.
Por isso, a expectativa da oposição e do governo é de que o impeachment comece a ser votado em plenário na sexta-feira. A votação deverá terminar no domingo. São necessários 342 votos dos 513 deputados para o impeachment ser aprovado.
A oposição acredita que o momento é favorável para o impedimento e que o placar na comissão vai variar entre 35 e 39 votos pelo afastamento de um total de 65 membros. Já os aliados da presidente afirmam que, se houver derrota na comissão, será por uma margem de no máximo dois votos.
O Planalto busca no mínimo 30 votos favoráveis. “Será um placar apertado”, previu o vice-líder do governo, deputado Paulo Teixeira (PT-SP). “Isso é um jogo de dois tempos. Vai ser por um placar apertado, mas vamos perder ganhando”, disse o vice-líder do governo, Silvio Costa (PT do B-PE).
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