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Preso casal suspeito de roubar carro achado com explosivo em Fortaleza

Na noite da última segunda-feira (4), treze quilos de explosivos foram achados em um veículo estacionado próximo à Assembleia Legislativa (Foto: Kleber A. Gonçalves/Diário do Nordeste)
Um casal preso em Fortaleza, na noite da última terça-feira, 5, sob suspeita de envolvimento em assaltos na Capital, pode ser o mesmo que roubou o carro Volkswagen Up, encontrado nas proximidades da Assembleia Legislativa com 48 dinamites com detonador e estopim. Caso o dono do carro reconheça o casal, os suspeitos viram peças importantes no caso de explosivos encontrados e desativados na madrugada da terça.

“Nós queremos saber se este casal vai ser reconhecido como realmente quem fez o assalto no carro. E, aí sim, (saber) onde foi entregue (o carro), para quem, em que circunstâncias”, afirmou Delci Teixeira, titular da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), em entrevista coletiva na manhã de ontem. As câmeras de segurança do entorno já permitiam saber que o veículo foi estacionado por volta das 17 horas da segunda-feira, 4, no cruzamento da rua Francisco Holanda com a avenida Desembargador Moreira.

O secretário não divulgou informações sobre o casal detido para não comprometer o andamento das investigações.

Na tarde de ontem, O POVO apurou que as câmeras de monitoramento do entorno da Assembleia captaram o momento da chegada do veículo. Segundo a fonte ouvida, dois homens teriam saído do carro e deixado o local. Uma linha de investigação mais forte é de que os explosivos estejam vinculados a grupos que promovem ataques a agências bancárias, classificou Teixeira. Isto porque o material recolhido é o mesmo utilizado pelas quadrilhas. A polícia investiga também se há relação com algum de três roubos de dinamites em pedreiras do Ceará — em Caucaia, Maranguape e Quixeré.

Crime organizado

Nenhuma linha de investigação sobre o caso está descartada, declarou ontem o governador Camilo Santana (PT). É averiguada a possibilidade de retaliação à lei que obriga operadoras telefônicas a bloquear o sinal de celular nos presídios cearenses.

Ameaças divulgadas nas redes sociais e atribuídas ao crime organizado também serão analisadas. “Se isso é uma tentativa de intimidar o Governo ou a Secretaria de Segurança Pública, eles estão enganados”, disse Camilo ao enfatizar que as ações de combate ao crime continuarão.

O secretário Delci Teixeira se referiu ainda à prisão de Alejandro Camacho, irmão de Marcola, no último dia 30. O preso é considerado número 2 do Primeiro Comando da Capital (PCC), fundado nos presídios de São Paulo. Apesar de não descartar que há várias linhas de investigação, Teixeira disse desacreditar que facções de outros estados comandem o crime no Ceará. As entrevistas foram concedidas na sede da SSPDS, após reunião do programa Em Defesa da Vida.

Fonte: O Povo

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