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Eventual governo Temer é "tragédia sem precedentes", afirma Ciro

Foto: José Leomar
"O Michel Temer é absoluta e indissociavelmente ligado ao Eduardo Cunha em tudo, inclusive nas suas piores práticas", disse o ex-ministro Ciro Gomes, durante um evento realizado nesta sexta-feira (22) em Cambridge, nos Estados Unidos. Ciro ainda afirmou que um eventual governo Temer é "uma tragédia sem precedentes." Organizada por brasileiros da Universidade Harvard e do MIT (Massachusetts Institute of Technology), a Brazil Conference reuniu empresários, políticos e pensadores para discutir o futuro do
Brasil.
Gomes afirmou que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), estão juntos na condução do processo do impeachment. "Nesta altura, o Temer está calculando como se livrar deste trambolho. E não tem a menor autonomia para se livrar, porque se o Cunha um dia for preso -e eu acho que ele vai-, será a maior delação premiada da história da humanidade, leva o Michel Temer e mais 250 deputados", criticou.
"O Eduardo Cunha não virou presidente da Câmara, sendo o bandido que é, por acaso. Eu vi a construção dessa ascensão porque ele foi entregando e recebendo, entregando e recebendo e depois comprou 250 deputados", disse.
Ciro classificou o impeachment de "golpe", dizendo que o processo não tem base legal e que o crédito de suplementação orçamentária e as pedaladas fiscais são só "pretextos formais" para o afastamento da presidente.
"A Dilma não praticou nenhum crime de responsabilidade. Você tem uma pessoa ameaçada de ruptura de seu mandato, sem ser acusada de nenhuma ilegalidade ou corrupção, sendo ameaçada de ser derrubada por uma quadrilha de ladrões, réus no STF". Ele criticou o processo dizendo que "impeachment não é remédio para governo ruim."
Ex-ministro da Integração Nacional do governo Lula, Ciro Gomes também criticou a decisão de Dilma de nomear o petista como ministro da Casa Civil.
"A solidariedade devida por ela a ele é uma questão privada." Gomes disse que ela deixou o STF numa situação desagradável, pois o fez parecer o garantidor da impunidade do Lula. "Foi a atitude mais estúpida que eu vi alguém fazer na política no meus 35 anos de militância. Mas isso não é a base de nenhuma das acusações pelas quais ela está respondendo", acrescentou.
Gomes disse que cogita concorrer à presidência, mas que ainda não tomou uma decisão final. "Eu admiti para o meu partido, estou cumprindo as tarefas inerentes a um pré-candidato, mas eu vou pensar cem vezes antes de ser candidato."
Em sua palestra, Ciro ainda falou sobre os problemas econômicos do Brasil e disse que o país precisa recuperar a política para superar esses desafios.

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