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Em Fortaleza, Lula pede respeito ao mandato de Dilma e afirmou que 'não trairá o Brasil'

Em um discurso emocionado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que "voltará ao Ministério da Casa Civil na próxima quinta-feira (7), caso tudo der certo". A afirmação foi feita pelo petista durante protesto contra o impeachment de Dilma Rousseff, na Praça do Ferreira, neste sábado (2).

O ex-presidente desembarcou em Fortaleza por volta das 10h50 deste sábado (2) e foi direto à Praça do Ferreira, local onde milhares de manifestantes, vestidos de vermelho e segurando cartazes, bandeiras e fotos de Lula, estavam reunidos em um ato pró-governo. O evento contou com a participação do governador Camilo Santana, dos presidentes nacional e estadual do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão e Francisco de Assis Diniz, do deputado federal José Guimarães (PT), do ministro das Comunicações André Figueiredo, o governador do Piau[i Wellington Dias, entre outros líderes de partidos e de movimentos. De acordo com a organização do evento, o público esperado era de 50 mil pessoas. A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) estimou, no entanto, que cerca de 10 a 12 mil pessoas estiveram na manifestação.

Lula abriu o discurso falando da importância da chuva para o povo do Nordeste, salientando que "mesmo que não tivesse esse o ato, só a chuva que Deus mandou hoje já valeria a pena". Em seguida, o ex-presidente criticou o clima de tensão política que o País vive e pediu que as pessoas respeitassem o mandato da presidente Dilma "Eu completei 70 anos. Vivo fazendo política há 50 anos e nunca vi um clima de ódio estabelecido no país como eu vi agora... Essa gente que vai para a manifestação vestido de verde e amarelo tem que saber que o povo que está aqui na rua é um povo trabalhador e pede que respeite apenas uma coisa, o voto popular de quem elegeu", disse ele, defedendo a regularidade do Governo. O ex-presidente criticou duramente o processo de destituição da presidente, disse que "a resposta a ser dada aos opositores é garantir a governabilidade de Dilma" e ressaltou que "Temer sabe que o processo de impeachment é golpe".

O ex-presidente criticou também a forma de governo da oposição, deixando a entender que os mais pobres seriam os mais prejudicados pela gestão, e que essa forma de governo impedia o crescimento das classes mais baixas "Uma mulher pobre faz muito mais pelo Brasil do que um homem com 1 bilhão [...] Pobre gosta de coisa boa, de morar bem, de beber bem. Eles não querem governar esse País para garantir que as pessoas mais pobres tenham direito de subir [...] o que mais incomoda a eles é o pobre querer andar de avião agora. Eles acham que a gente só gosta de bebida vagabunda. Mas não e isso não. Eles têm raiva da gente porque a secretária hoje têm mais direitos, porque o pobre pode estudar", diz Lula.

Posse no Ministério da Casa Civil
Durante discurso, Lula disse que, se o Supremo Tribunal Federal autorizar, na próxima quinta-feira (7) ele volta como ministro da Casa Civil. "Na próxima quinta-feira, se tudo der certo, se a Corte Suprema aprovar, eu estarei assumindo o Ministério. Eu volto para ajudar a companheira Dilma", diz Lula.

O ex-presidente chegou a tomar posse em 17 de março, mas não pode assumir devido a uma liminar do STF, do ministro Gilmar Mendes. Para o ministro, houve "desvio de finalidade" na indicação de Lula pela presidente Dilma. Gilmar Mendes acredita que a nomeação impede que Lula não seja investigado na primeira instância, sob o comando de Sérgio Mouro.

Obras no Ceará
Ainda no discurso, Lula chegou a falar que, voltando ao Governo, pretende retomar e entregar importantes obras para o Estado, como a transposição do Rio São Francisco e a refinaria.

Fonte: Diário do Nordeste

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