O cactáceo pode ser produzido facilmente, sem grandes custos, e supre a s necessidades alimentícias dos animais (Foto: Reprodução/Diário do Nordeste) |
Sem
perspectivas favoráveis para a manutenção das chuvas nos próximos dois meses, e
depois de quatro anos seguidos de precipitações abaixo da média, produtores
rurais passaram a investir em segurança alimentar para o rebanho no sertão
cearense.
O governo do Estado, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA), Ematerce, Instituto Agropolos, em parceria com Federação da Agricultura do Estado do Ceará (Faec) e prefeituras vem realizando eventos e capacitações no Interior com foco na produção de palma forrageira e apoio à formação de reserva alimentar para o rebanho bovino, ovino e caprino.
Na região Centro-Sul do houve encontro na semana anterior, na cidade de Quixelô, com técnicos da Ematerce. O objetivo foi divulgar a importância da palma forrageira como alternativa para a alimentação do rebanho.
Cedro e Icó são os municípios onde há mais plantio da palma forrageira. Em Iguatu, há apenas um produtor rural que decidiu investir no cultivo irrigado da cactácea, José Cristóvão Filho, que se mostra satisfeito com a experiência. O cultivo é consorciado com capim.
Plantio
No sítio Marrecas, zona rural de Cedro, o criador Marcos Cortez, há mais de dois anos, iniciou o plantio de palma forrageira. As plantas estão distribuídas em uma área de meio hectare e se desenvolvem bem.
A escolha de cultivar surgiu como uma fonte alternativa mais viável para o produtor rural. Na propriedade, Cortez também cultiva capim, cana-de-açúcar, mandioca, além do milho para a forragem dos animais. O plantio da cactácea tem muitas vantagens em comparação com outras culturas agrícolas, principalmente pelo baixo custo de produção, além do manejo, que não requer muito trabalho.
"A gente faz a limpeza manual da área e tira as mudas para o replantio. O trabalho aqui é mínimo, além de ser uma fonte rica em energia para o rebanho", comenta o produtor Marcos Cortez. Em 2014, a propriedade agrícola serviu de demonstração para um dia de campo com a temática Reserva estratégica com produção de alimentos para o rebanho em longos períodos de estiagem. Nos últimos dois anos, a maioria dos municípios registrou perda elevada da safra de sequeiro. O quadro se repete neste ano com a perda das culturas de milho e de feijão.
Além da palma, técnicos da Ematerce e de outros órgãos de atuação no setor agropecuário apresentam técnicas de utilização de reserva alimentar estratégica - silagem, fenação do pasto nativo, amonização da palha do capim e do milho seco, além da utilização da mandioca e da palma forrageira.
Jorge Prado, da Faec, ressalta que não dá mais para o produtor esperar pelo próximo inverno, acreditando que vai chover cedo e que a alimentação vai surgir naturalmente. "É preciso adotar reserva de alimentação para ser utilizada no tempo de escassez".
Convivência
O produtor rural José Benigno cria 60 cabeças de gado leiteiro, no Vale do Faé, em Quixelô. Assim como outros produtores da região, enfrenta dificuldades para se manter na atividade. "É difícil, mas é do campo que tiramos nosso sustento A seca sempre existiu. O que podemos fazer é buscar meio de conviver com a falta de água. Mesmo na nossa região semiárida, muitos agricultores ainda se mostram despreparados para enfrentar a seca, um fenômeno comum". (HB).
Fonte: Diário do Nordeste
O governo do Estado, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA), Ematerce, Instituto Agropolos, em parceria com Federação da Agricultura do Estado do Ceará (Faec) e prefeituras vem realizando eventos e capacitações no Interior com foco na produção de palma forrageira e apoio à formação de reserva alimentar para o rebanho bovino, ovino e caprino.
Na região Centro-Sul do houve encontro na semana anterior, na cidade de Quixelô, com técnicos da Ematerce. O objetivo foi divulgar a importância da palma forrageira como alternativa para a alimentação do rebanho.
Cedro e Icó são os municípios onde há mais plantio da palma forrageira. Em Iguatu, há apenas um produtor rural que decidiu investir no cultivo irrigado da cactácea, José Cristóvão Filho, que se mostra satisfeito com a experiência. O cultivo é consorciado com capim.
Plantio
No sítio Marrecas, zona rural de Cedro, o criador Marcos Cortez, há mais de dois anos, iniciou o plantio de palma forrageira. As plantas estão distribuídas em uma área de meio hectare e se desenvolvem bem.
A escolha de cultivar surgiu como uma fonte alternativa mais viável para o produtor rural. Na propriedade, Cortez também cultiva capim, cana-de-açúcar, mandioca, além do milho para a forragem dos animais. O plantio da cactácea tem muitas vantagens em comparação com outras culturas agrícolas, principalmente pelo baixo custo de produção, além do manejo, que não requer muito trabalho.
"A gente faz a limpeza manual da área e tira as mudas para o replantio. O trabalho aqui é mínimo, além de ser uma fonte rica em energia para o rebanho", comenta o produtor Marcos Cortez. Em 2014, a propriedade agrícola serviu de demonstração para um dia de campo com a temática Reserva estratégica com produção de alimentos para o rebanho em longos períodos de estiagem. Nos últimos dois anos, a maioria dos municípios registrou perda elevada da safra de sequeiro. O quadro se repete neste ano com a perda das culturas de milho e de feijão.
Além da palma, técnicos da Ematerce e de outros órgãos de atuação no setor agropecuário apresentam técnicas de utilização de reserva alimentar estratégica - silagem, fenação do pasto nativo, amonização da palha do capim e do milho seco, além da utilização da mandioca e da palma forrageira.
Jorge Prado, da Faec, ressalta que não dá mais para o produtor esperar pelo próximo inverno, acreditando que vai chover cedo e que a alimentação vai surgir naturalmente. "É preciso adotar reserva de alimentação para ser utilizada no tempo de escassez".
Convivência
O produtor rural José Benigno cria 60 cabeças de gado leiteiro, no Vale do Faé, em Quixelô. Assim como outros produtores da região, enfrenta dificuldades para se manter na atividade. "É difícil, mas é do campo que tiramos nosso sustento A seca sempre existiu. O que podemos fazer é buscar meio de conviver com a falta de água. Mesmo na nossa região semiárida, muitos agricultores ainda se mostram despreparados para enfrentar a seca, um fenômeno comum". (HB).
Fonte: Diário do Nordeste
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