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Casos de dengue crescem 53% neste ano; oito Estados já estão em epidemia

Mosquito Aedes aegypti (Foto: Associated Press)
Após enfrentar uma das piores epidemias de dengue já registradas, o Brasil tem tido novo aumento nos casos da doença neste ano.

O número de casos prováveis de dengue cresceu 53% nos dois primeiros meses de 2016 em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta terça-feira (29).

Ao todo, foram notificados 396.582 casos prováveis de dengue no país entre os dias 3 de janeiro e 27 de fevereiro. No mesmo período do ano anterior, eram 259.827 registros.

Balanço do Ministério da Saúde mostra que 21 Estados apresentam aumento de casos em comparação aos primeiros meses de 2015. Oito deles também já apresentam índices que configuram uma situação de epidemia, quando há mais de 300 casos de dengue a cada 100 mil habitantes. São eles: Acre, Tocantins, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás.

Em Minas Gerais, só nos dois primeiros meses deste ano, o número de casos notificados de dengue já é nove vezes maior em comparação ao mesmo período do ano passado, com 124.515 registros prováveis da doença.

O Estado também abriga a cidade que lidera em incidência de casos de dengue, parâmetro usado para medir a ocorrência de uma epidemia. Em Campanário (MG), a proporção é de 11.304 casos a cada 100 mil habitantes.

Já em São Paulo, Estado que teve uma das piores epidemias de dengue no ano passado, os dados apontam uma redução de 58% nos casos neste ano -são, agora, 66.525 registros, contra 160.842 nos dois primeiros meses de 2015.

A queda pode ser explicada pelo menor número de pessoas suscetíveis ao sorotipo de vírus da dengue em circulação, devido ao alto número de infecções no ano anterior.

Dados do Ministério da Saúde, obtidos a partir da análise de 1.575 amostras, apontam que o tipo 1 ainda teria circulação predominante nesta região. A situação, porém pode variar conforme o local. Também há novas amostras sendo analisadas.

O diretor do departamento de doenças transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, diz esperar que haja uma redução dos casos a partir de abril devido à intensificação no início deste ano nas campanhas contra o mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti.

CASOS GRAVES

Apesar do avanço no número de casos prováveis de dengue em comparação ao ano anterior, o balanço aponta uma redução no total de complicações e mortes pela doença.

O número de casos graves ou com sinais de alarme caiu 71% neste ano -foram 1.208 confirmados até o dia 27 de fevereiro. O país também já registra 51 mortes por dengue. No mesmo período do ano passado, eram 197.

Para o Ministério da Saúde, a queda indica que os serviços de saúde estão mais alertas para a doença e que os casos têm sido tratados com maior rapidez.

Fonte: Folha de S. Paulo.

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