A Sociedade
Brasileira de Diabetes (SBD) alerta para os cuidados com a alimentação de
crianças e jovens para manter a imunidade.
Com Covid-19, Sociedade Brasileira de Diabetes organizou dicas. | Agência Brasil |
Com o fechamento de
grande parte das escolas privadas e públicas e o aumento exponencial de casos
de Covid-2019 confirmados no Brasil, muitas crianças tiveram de ser
afastadas de suas atividades, alterando também a rotina de pais e cuidadores.
Para ajudá-los com a alimentação, considerando possível cenário de restrições à
prática de atividades físicas, a SBD organizou algumas dicas para facilitar
nutrição saudável de crianças com e sem diabetes.
De acordo com a
nutricionista Silvia Ramos, coordenadora do Departamento de Nutrição, Exercício
e Esportes em Diabetes da SBD, nesses dias atípicos, é de fundamental
importância planejar os itens a serem ofertados. Desta forma, evita-se um erro
comum: refeições e lanches com excesso de um grupo de nutrientes e falta de
outros importantes para o desenvolvimento infanto-juvenil.
“É fundamental
lembrar que as crianças e jovens, independente de terem ou não diabetes,
necessitam de uma boa alimentação. Ao considerar este cenário de pandemia, esse
cuidado torna-se ainda mais importante, visto que ajuda a manter a imunidade
elevada e, nos casos de crianças e jovens com diabetes, evita-se maior
vulnerabilidade ao Covid-19”, diz Silvia.
Com a redução da
atividade diária – mesmo que seja a atividade escolar, educação física, aulas
extras e brincadeiras fora de casa – as crianças e jovens passam a ter uma
necessidade menor de alimentos, afirma a nutricionista. “Por outro lado, a
ansiedade com a situação pode gerar vontade de comer e, por este motivo, mesmo
sem aulas a rotina em casa deve ser planejada e se possível com a supervisão de
um adulto”, complementa.
Montagem e preparo de
pratos
Durante o preparo e
montagem de pratos e lanches, a interação entre adultos e crianças pode
auxiliar também na melhor aceitação dos alimentos, socialização dos pequenos e
autonomia – além dos potenciais aspectos lúdico e educacional. Para as
crianças, é importante que as refeições sejam feitas à mesa e que o momento
seja focado na alimentação sem outras distrações.
Silvia aponta ainda a
necessidade de atenção a alimentos que parecem saudáveis, mas podem ser pouco
nutritivos. É o caso dos bolinhos prontos, biscoitos com ou sem recheio,
achocolatados prontos, refrigerantes, sucos de caixinha e salgadinhos.
Alimentos
industrializados e ultraprocessados, de modo geral devem ser evitados. Suas formulações,
na maior parte das vezes, são ricas em açúcares, gorduras saturadas e aditivos
químicos. Por isso, a busca por alimentos naturais deve ser o primeiro passo.
Para facilitar no
dia-a-dia, Silvia aponta que a melhor forma de organização é dividir os
alimentos em três grupos:
-Grupo de
Carboidratos: fornecem energia e disposição para as atividades rotineiras.
Exemplos: pães, torradas, bolos simples, cereais integrais, tapioca, panqueca,
biscoitos integrais, tortas, pipoca, dentre outros;
- Grupo de Proteínas:
responsáveis pela formação de tecido e músculos fundamentais para o
crescimento. E o caso do leite, iogurte, coalhada, queijos e ovos.
- Grupo das frutas e
hortaliças: possuem alto teor nutricional e ajudam na de saciedade. Além disso,
são práticos para transportar e consumir. Exemplo: Frutas frescas ou secas,
tomate, cenoura e pepino.
Agência Brasil
0 Comentários