POR FERNANDO BRITO ·
24/03/2020
O ministro Marco
Aurélio, ao suspender por liminar os cortes efetuados pelo Governo Federal
mostrou até onde vai o ódio de Jair Bolsonaro ao povo pobre que não se curvou a
ele nas eleições,
Os governadores “de
paraíba” – Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do
Norte. – haviam pedido que os cortes fossem suspensos até que a União
explicasse porque Nordeste recebeu 3% dos novos benefícios enquanto Sul e
Sudeste tiveram 75% das novas concessões.
O Nordeste, é de
lembrar, tem 40% das famílias em situação de extrema pobreza no país. Marco
Aurélio frisou em seu despacho que “não se pode conceber comportamento
discriminatório da União, em virtude do local onde residem brasileiros em
idêntica condição. A diferença numérica aludida pelos autores sinaliza
desequilíbrio tanto na concessão de novos benefícios quanto na liberação
daqueles já inscritos na Região Nordeste. A postura de discriminação, ante
enfoque adotado por dirigente, de retaliação a alcançar cidadãos – e logo os
mais necessitados –, revela o ponto a que se chegou, revela descalabro, revela
tempos estranhos”.
Dias atrás mostrei aqui
uma reportagem do Globo Rural sobre o drama de famílias maranhenses atingida
pelos cortes de Bolsonaro.
Vale a pena se indignar,
outra vez, com o que se faz contra pessoas indefesas e necessitadas em nome de
ódios políticos. A decisão de Marco Aurélio, ao menos, nos dá esperança de que
isso possa ser impedido.
Mas revela um quadro de
desgoverno do qual , em post próximo, vou tratar.
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