Além de lavar as mãos com água e sabão ser uma forma de prevenir a
contaminação pelo novo COVID-19, outra maneira pode ser utilizada para se
livrar do vírus:: o álcool.
Esse produto possui uma ação antimicrobiana, capaz de matar bactérias e
vírus presentes em superfícies. No entanto, o álcool puro não é vendido, o que
é comercializado em estabelecimentos e farmácias é, nada mais nada menos, que
uma mistura da substância com água e outros ingredientes.
Ao comprar o álcool é importante ter atenção à quantidade de produto na
composição. Em entrevista ao site Estado de Minas, o professor da Faculdade de
Farmácia da UFMG, Márcio de Matos Coelho, diz que o mais indicado para combater
o coronavírus é o álcool 60% e 70% na composição.
Ainda segundo o professor, uma porcentagem menor pode não ser efetiva e
maior que 70% pode causar irritações na pele. “É importante que uma parte da
mistura seja composta de água para que a seja facilitada a entrada do álcool
nos microorganismos e a desnaturação de suas proteínas e para que a
volatilização (evaporação) seja menos rápida”, esclarece o professor.
De acordo com Márcio, a melhor maneira de se proteger é lavar as mãos
com água e sabão com frequência. “O álcool gel ou o álcool líquido só devem
representar uma opção quando água e sabão não estiverem disponíveis”, diz o
professor.
Há duas maneiras de calcular a quantidade de álcool no produto: °GL e
%INPM. É comum os rótulos mostrarem a quantidade de álcool no produto nas duas
versões. É importante saber que os aromas colocados nos álcoois não mudam a
eficácia do produto e, também, são dispensáveis, já que o álcool não deixa
cheiros desagradáveis por causa da rápida evaporação.
É melhor usar álcool em gel ou líquido?
Segundo o professor da UFMG, não há diferença na eficácia das duas
fórmulas. “O álcool em gel é mais adequado para aplicação sobre o corpo, pois
apresenta uma textura mais agradável e sua aceitação pelos usuários é maior. O
álcool líquido escorre mais facilmente e, na teoria, poderia induzir menor
efeito antimicrobiano”, diz o professor. O farmacêutico completa que os
produtos em líquido são mais indicados para a limpeza de superfícies, já que
são mais baratos que o em gel.
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