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Número de agrotóxicos liberados no Brasil é o maior dos últimos dez anos

Reprodução
Onúmero de agrotóxicos liberados para o uso em lavouras em 2019, primeiro ano do governo Jair Bolsonaro (sem partido), é o maior dos últimos dez anos. O levantamento é do Greenpeace com base em dados do Ministério da Agricultura. Entre o dia 1º de janeiro e 27 de novembro, o governo federal aprovou a utilização de 439 novos agrotóxicos, superando o recorde do ano passado, último do governo Michel Temer (MDB), quando foram liberados 422 produtos em 12 meses.
O Ministério da Agricultura só possui dados a partir de 2010, quando 104 produtos foram aprovados, o menor número da série histórica. Os números apontam uma alta de 322% entre 2010 e 2019.
Segundo o Greenpeace, que contabilizou as aprovações publicadas no Diário Oficial da União, as autorizações começaram a crescer em 2016 (quando houve 277 no ano), aumentou ainda mais em 2017 (405) e atingiu o pico no ano passado, agora superado. O número de aprovado inclui 63 produtos autorizados pelo Ministério da Agricultura, mas revogados recentemente pela Justiça. "Elas continuam na nossa tabela de registro porque foram suspensas por liminar que o governo recorreu", informou ao UOL a assessoria da pasta.
A conta inclui decisão de ontem do governo, que liberou outros 57 agrotóxicos, dois dias depois de acatar a decisão da Justiça para banir os 63 pesticidas. Para o Greenpeace, a nova publicação "reforça o descaso do ministério". "O novo ato traz 13 Ingredientes ativos comuns com os que constavam no ato revogado", afirma em nota. "A maior parte deles com perigos comprovados ou para saúde humana ou para o meio ambiente.”
Proibidos na União Europeia Uma análise do Instituto Butantan com dez agrotóxicos largamente usados no Brasil revela que os pesticidas são extremamente tóxicos ao meio ambiente e à vida em qualquer concentração, mesmo em dosagens equivalentes a até um trigésimo do recomendado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A análise indicou que o glifosado —o mais usado na agricultura brasileira— provocou a morte de todos os embriões de peixes utilizados na pesquisa, apesar da dosagem considerada inofensiva (de 0,66mg/ml a 0,022mg/ml) pela Anvisa. Em reportagem de junho, o jornal francês Le Monde afirmou que as liberações de agrotóxicos no Brasil vão "na contramão da tendência mundial”, que é reduzir e até banir os compostos.
Com informações do UOL.

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