Quem acompanha Luana Piovani, 42,
por seu canal no YouTube ou nas redes sociais sabe que ela não tem problema em
se abrir. Discute vida pessoal, política, assédio e tudo que dá na telha. Mas
agora, com seu próprio programa prestes a estrear na televisão, a atriz promete
avançar ainda mais.
"Sou eu que faço o programa, amor, aqui não
tem freio", brinca ela aos risos. "Aqui é verdade geral, falo, abro
meus sentimentos. Em um programa, nós falamos de fantasias sexuais. Quando
chegou uma lista pra mim... eu tiquei todas. Nunca realizei nenhuma [fantasia],
mas tenho todas e não tenho pudor de falar."
Luana é de Lua tem como objetivo tirar as pessoas
de suas caixinhas, como descreve a própria apresentadora. E para isso vai
mostrar a própria Luana entre sua vida pessoal e a oportunidade de mergulhar em
assuntos novos e, por vezes, espinhosos, como assédio, violência, identidade
sexual e cinema pornô.
O programa se desenvolve a partir de quatro
núcleos, que se alternam formando uma colcha de retalhos. Uma linha vai mostrar
a vida pessoal de Luana em família; a outra, vai debater sobre o tema do dia;
depois vem a experiência, em que a apresentadora vivenciará o tema; e, por
último, a catarse, em que ela analisa o que viveu.
Luana conta que, apesar de ter convidados bem
conhecidos, como a apresentadora Xuxa, sua principal preocupação foi trazer
pessoas diferentes para debater os temas que serão abordados. "Quero
diversidade. A gente não aguenta mais as mesmas coisas na televisão, as mesmas
entrevistas, eu já sei todas as respostas."
"Eu falei 'gente, vamos fuçar'. Foi assim que
trouxemos uns artistas plásticos diferentes, uns esportistas de outros lugares.
Temos uma diversidade de pessoas que são de sucesso, felizes, jovens. Ninguém
no programa está no topo, o que também é muito legal, porque cria uma
cumplicidade com quem está em casa assistindo", avalia.
As principais surpresas, porém, devem vir da
experiência de Luana com cada um dos temas. Seja acompanhando uma luta entre
mulheres ou gravações de um filme pornô. "Achei bem legal! No filme pornô,
por exemplo, a gente já tinha material [pro programa] antes que tivesse a
penetração, mas, amor, eu vim pra ver a gravação de um filme pornô, então
enquanto essa moça não sentar nesse pênis, eu não arredo o pé daqui",
conta aos risos.
Ainda na expectativa para saber o impacto do
programa nos fãs, Luana afirma já sentir nela mesma o efeito que espera
alcançar. "A gente tenta sair do molde, mas é difícil. Mas com o programa,
você vê como é preconceituoso, mesmo não querendo ser. E vou dizer que, a cada
troca, a minha cerquinha ia um metrinho pra frente".
"Eu faço análise, tenho 42 anos, sou artista,
trabalho com teatro e, ainda assim, a gente está o tempo todo quebrar a
caixinha. Identidade sexual, por exemplo, foi tanta novidade... Tinha um menino
não binário. Não binário, gente? Ele não se encaixa em lugar nenhum. É muito
doido. Tem 17 anos, um poeta, superesclarecido, de uma energia. Aí a gente
fica: 'Quem é a gente pra usar uma cartilha, pensar numa caixinha'."
RESTRIÇÕES E CHATICES
Apesar de ter anunciado recentemente seu divórcio
com o surfista Pedro Scooby, 30, Luana deverá mostrar um pouco da vida do casal
em seu novo programa, já que as gravações aconteceram ainda no ano de 2018. A
casa e a rotina também não devem ser a atuais, já que ela se mudou em janeiro
para Portugal.
Apesar desse descompasso, todo o resto que os fãs
verão em Luana é de Lua é a vida real da cantora. "Eu não me importo de
mostrar a minha vida, mas me incomodo de não ser sincera, de não mostrar o que
é de verdade. Por que quando vejo as coisas que não são de verdade, me
aborreço", afirma a atriz e apresentadora.
Mas uma restrição, ou "chatice", como
prefere chamar, Luana impôs às equipes de gravação: cuidado com as cenas em que
aparecem seus filhos. "Eles são crianças, não são anões", brinca ela,
ao falar de Dom, Liz e Bem.
"Não queria que eles sentissem em nenhum
momento na obrigação de falar, de fazer alguma coisa. Não queria que eles se
sentissem acuados com a parafernália, então eles [a equipe] tinham que chegar
cedo, montar o mínimo possível e deixar lá pronto pra quando as crianças
chegassem da escola, para que elas quase não percebessem."
(FolhaPress)
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