Ministério Público do Rio de Janeiro apontou indícios de que o senador
Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) tenha utilizado a compra e venda de imóveis para
lavar dinheiro. A informação foi publicada pelo site da revista Veja na noite
desta quarta-feira (15).
Segundo os
promotores, entre 2010 e 2017, o então deputado estadual lucrou 3,089 milhões
de reais em transações imobiliárias em que há “suspeitas de subfaturamento nas
compras e superfaturamento nas vendas”. No período, ele investiu 9,425 milhões
de reais na compra de 19 imóveis, entre salas e apartamentos.
Os indícios foram
apresentados após a quebra do sigilo bancário e fiscal de 95 pessoas e empresas
relacionadas ao filho do presidente Jair Bolsonaro.
No documento obtido
com exclusividade pela Veja, o MP afirma que a suposta fraude pode ter ocorrido
para “simular ganhos de capital fictícios” que encobririam “o enriquecimento
ilícito decorrente dos desvios de recursos” da Assembleia Legislativa do Rio.
No documento, os
promotores citam como um dos casos que teria havido uma valorização excessiva
de imóveis comprados por Flávio, um apartamento na Avenida Prado Junior, em
Copacabana, vendido por 550 mil reais, o que representa um lucro de 292%. O MP
aponta que, de acordo com o índice Fipezap, utilizado no mercado imobiliário, a
valorização de imóveis no bairro ficou, no período, em 11%.
Na ação, o MP afirma
ter encontrado elementos que indicam a prática, no gabinete do então deputado,
dos crimes de peculato (apropriação, por funcionário público de bens alheios),
lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Procurado pela Veja, o senador acusou o MP de ter quebrado o sigilo
antes mesmo da autorização judicial e afirmou que nada fez de errado e que não
conseguirão usá-lo “para atingir o governo de Jair Bolsonaro”.
(Com informações da
Veja)
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