As
constantes mudanças de demanda no mercado de trabalho ao longo dos últimos anos
esconderam determinadas profissões ao passo que impulsionaram a presença de
outras. No Ceará, pelo menos 51 delas apresentaram um crescimento de mais de
1000% no número de profissionais atuantes nos últimos 10 anos, de acordo com um
levantamento realizado pelo Ministério do Trabalho, sendo a educação superior
um dos principais destaques no ranking.
A
lista, elaborada com base em dados da Relação Anual de Informações Sociais
(Rais), mostra os professores em onze das 50 ocupações que mais expandiram no
Estado entre 2007 e 2017, sendo a maioria no nível superior. Enquanto em 2007 o
Ceará contava com apenas 14 professores de técnicas comerciais e secretarias,
no ano passado o número saltou para 1.237 - alta de 8.735,7%, segundo lugar no
ranking.
O
professor de ensino superior na área de orientação educacional foi a quinta
profissão com maior crescimento percentual (4.113,33%). Em números absolutos,
houve avanço de 30 profissionais para 1.264 em um intervalo de 10 anos. O
professor de Medicina figura logo em seguida, de 9 para 358, crescimento de
3.877,78%. Os professores de alunos com deficiência múltipla passaram de 10
para 309 em 2017, alta de 2.990%.
Primeiro
lugar
A
profissão que mais expandiu nos últimos 10 anos foi a de primeiro oficial de
máquina da Marinha Mercante, segundo o Ministério do Trabalho. Em 2007, era
apenas uma pessoa exercendo a atividade, número que saltou para 327 no ano
passado. Em números relativos, um crescimento de 32.600% em dez anos.
Integram
ainda a lista dos dez primeiros - depois do professor de técnicas comerciais e
secretariais, que ocupa a segunda posição - operador de painel de controle
(5.400%); tecelão de tear mecânico (5.100%); operador de máquina de produtos
farmacêuticos (5.000%); identificador florestal (3.400%); montador de
equipamento de levantamento (3.100%) e técnico em farmácia, com crescimento de
3.050% no período.
De
acordo com o Ministério do Trabalho, também houve expansão no número de
profissionais de diversas áreas com ensino médio completo, de 2.708 em 2007
para 28.318 em 2017. O segundo maior crescimento foi observado o ensino
superior: eram apenas 1.111 com graduação em 2007 e 7.383 no ano passado.
Na
outra ponta da tabela, apresentou queda em dez anos o número de professores de
desenhos técnicos (-99,7%); produtor de espécies frutíferas rasteiras (-99,7%);
drageador (-99,3%) e operador de laminador de barras a quente (-98,3%).
No
País, a ocupação que mais cresceu no período está relacionada ao envelhecimento
da população. Os cuidadores de idosos tiveram um aumento de 547%, passando de
5.263 profissionais em 2007 para 34.051 em 2017, dos quais 85% são mulheres com
o ensino médio completo.
Fonte:
Diário do Nordeste
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