Oito meses
após se entregar à Polícia Federal no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC em São
Bernardo do Campo (SP), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escreveu
uma carta para ser lida a apoiadores nesta segunda-feira, 10, no mesmo local. O
petista repetiu que é vítima de uma condenação injusta e manifestou desejo pelo
dia do "reencontro" com militantes.
"Hoje
tenho certeza de que tenho o sono mais leve e a consciência mais tranquila do
que aqueles que me condenaram. Não quero favores; quero simplesmente justiça.
Não troco minha dignidade pela minha libertação", diz a carta de Lula,
lida pelo ex-candidato do PT à Presidência Fernando Haddad.
No
dia em que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, foi diplomado pelo Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), o ex-presidente petista escreveu que é ele quem
deveria ter sido eleito. "O Brasil e o mundo sabem que os procuradores da
Lava Jato, o Sérgio Moro e o TRF-4 armaram uma farsa judicial para impedir que
eu fosse eleito presidente mais uma vez, como era a vontade da maioria dos
eleitores." Lula disse ainda que pensa todos os dias no futuro do País e
que a defesa dos direitos humanos vai continuar.
Apoiadores
confeccionaram um tapete vermelho de 100 metros bordado com mensagens de apoio
ao ex-presidente para, segundo Haddad, ser usado para Lula caminhar na saída da
prisão em Curitiba quando for solto. No Supremo Tribunal Federal (STF), o
julgamento de um pedido de habeas corpus da defesa do petista
foi interrompido na semana passada.
Fonte: Terra
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