Não
é mais novidade que o presidente Michel Temer (MDB) é recordista em rejeição
popular, com aprovação de apenas 4% dos entrevistados na mais recente pesquisa
Ibope. Mas pouco se fala sobre a quantidade de pedidos de impeachment ativos na
Câmara contra o emedebista. São 30 os protocolos ativos, sob análise do Núcleo
de Assessoramento Jurídico (Najur) da Casa, quatro dos quais já arquivados.
O
curioso é que Temer realizou uma proeza entre presidentes que foram alvos de
pedidos de impeachment, como Dilma Rousseff (PT), Lula (PT) e Fernando Henrique
Cardoso (PSDB), para citar apenas os três mais recentes. Ao contrário de todos
os antecessores, o emedebista teve quatro processos de afastamento sugeridos
entre dezembro de 2015 e abril de 2016, quando era vice-presidente. Três deles
já foram arquivados e um está sub judice, com mandado de segurança ajuizado no
Supremo Tribunal Federal (STF).
Apresentado
em 21 de dezembro de 2015 por Mariel Márley Marra, advogado de 37 anos, o
pedido de impeachment ainda ativo contra o então vice-presidente da República
aponta a prática de crime de responsabilidade em razão de “decretos publicados
para abertura de créditos suplementares” – o mesmo que resultou na cassação de
Dilma. Os demais pedidos nesse sentido foram apresentados em 9 de dezembro de
2015 e 21 de março de 2016, ambos pelo deputado Cabo Daciolo (Patriotas-RJ), e
em 1º de abril de 2016, este pelo ex-ministro da Educação e ex-governador do
Ceará Cid Gomes, irmão do pré-candidato à Presidência da República Ciro Gomes
(PDT). Esses são os três pedidos arquivados.
Fonte:
Congresso em Foco
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