O Comando-Geral da
Polícia Militar do Ceará (PM-CE) informou, na noite desta terça-feira (12) ter
afastado das funções operacionais o soldado do Pelotão de Motopatrulhas que
teria disparado tiros com uma carabina modelo CT-40, de calibre Ponto 40, que
resultou na morte de Gisele Távora Araújo, 42 anos. O crime ocorreu na noite de
segunda-feira (11) durante uma abordagem dos militares ao carro da vítima na
Avenida Oliveira Paiva, na Cidade dos Funcionários, zona Sul de Fortaleza.
Segundo o porta-voz da Corporação,
coronel PM Andrade Mendonça, o soldado (identidade não revelada) deverá
permanecer em atividade, mas exercendo somente funções burocráticas, no setor
Administrativo, enquanto o caso é apurado pela Controladoria Geral de
Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública e do Sistema Penitenciário (CGD).
O Comando não informou,
mas informações extra-oficiais indicam que o soldado é ainda recruta, formado
nas últimas turmas do novo contingente da Corporação. O oficial explicou que
todos os policiais militares passam por cursos de nivelamento operacional, para
realizarem as atividades normais de policiamento, entre elas, as abordagens nas
ruas.
Já o secretário da
Segurança Pública e Defesa Social, delegado federal André Costa, acentuou que
os policiais que estão nas ruas sofrem uma forte carga de estresse, mas que são
treinados para a realização das abordagens.
Costa mudou de tom nas
últimas horas, após o episódio da morte da universitária e agora afirma que os
policiais somente devem atirar quando estiverem em situação de confronto.
Antes, apregoava que “o primeiro tiro deve ser sempre do policial”.
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