PREVARICAÇÃO,
PRECATÓRIO E PRECARIZAÇÃO: A CONTRADIÇÃO DE PRECEITOS E A NEGAÇÃO DE DIREITOS
EM ARARIPE-CE
O desejo da maioria dos brasileiros na atualidade não é
somente a existência de um Estado que ofereça o bem estar social, é anseio
popular a presença de um líder que possa unir o seu povo para e por seu
trabalho e não dividi-los em classe e minorias privilegiadas. A execração a
políticos que outrora eram referencias de popularidade e sinônimo de esperança
revela o alto grau de insatisfação popular diante de ações tão incoerentes aos
discursos e promessas de campanha. A cidade de Araripe é hoje, o maior exemplo
desse banquete indigesto que o povo é obrigado a engolir, proporcionado pelo
governo impopular do imperito Dr. Giovane Guedes.
O município de pouco mais de 25.000 habitantes vive um dos
seus piores momentos, senão o maior de todos eles, a incapacidade de seu gestor
de unir sua gente e de melhorar a qualidade de vida do seu povo macula e mancha
a história da terra de Miguel Arraes. Os problemas são muitos e as poucas
soluções apresentadas são ineficientes e ineficazes. A precarização de serviços essenciais à natureza humana
são negados diariamente, faltam insumos básicos no hospital municipal, nos
postos de saúde e nas demais unidades, a delapidação do patrimônio material e
imaterial revela a inabilidade de governar para o presente e para o futuro.
Nos próximos dias, professores e servidores da educação farão
uma paralização, que poderá culminar num futuro próximo, em uma greve – tratativa que NUNCA aconteceu na história do município – uma medida austera que
busca assegurar o cumprimento dos direitos mais salutares do trabalhador. Bem
como, resistir aos desmandos de um poder executivo que persegue opositores
através de seu exército de algozes investidos nos mais variados cargos da
administração e sem nenhum pudor nega a participação do povo diariamente, busca
ainda confrontar a maioria dos edís do poder legislativo que servem ao Senhor
Prefeito numa clara relação de capachismo e subserviência, incorrendo num
verdadeiro desserviço ao povo araripense. Os profissionais da educação se encontram desmotivados, o
professor com nível superior recebe acima do piso R$ 92,53, convive em salas
superlotadas, muitas vezes sem condições de desempenhar um bom trabalho, os
indicadores da educação municipal despencaram esse ano, a prevaricação vai se tornando a marca
registrada deste governo. Por último, desde dezembro de 2017 a
prefeitura retém valores inerentes ao pagamento de precatórios do antigo
FUNDEF, valores esses que devem ser usados na compensação de direitos dos
profissionais do magistério. Enquanto inúmeras outras prefeituras valorizam seu
professores pagando na forma da lei, a prefeitura de Araripe e seu gestor se
colocam acima da lei, fazendo da sua própria regra à exceção, além de se negar
a debater de forma democrática e apartidária, demonstrando assim sua
arbitrariedade e desumanidade.
A paralização será a primeira etapa de um conjunto de ações
que serão executadas para garantir o melhoramento das escolas e o pagamento dos
60% do precatório. O professor é sem dúvida o profissional mais importante da
civilização humana e não merece ser tratado como vassalo por nenhuma gestão. O
movimento grevista, a APEOC e a APROSSEMA lutará exaustivamente para garantir
que nem um direito seja contraditado, reafirmando o compromisso de lutar pela
categoria e de fortalecer o funcionalismo para combater um governo totalitário
e aumentar a participação popular na construção de um Araripe melhor para
todos, não apenas de direito, mas sim de fato.
Fote de Colaboração: COMISSÃO MUNICIPAL APEOC E APROSSEMA - ARARIPE, 27 DE MAIO DE
2018.
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