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JUNHO 2016/2017 ; Ceará registra um panorama positivo de diminuição da seca

Imagem - Diário do Nordeste
Após o fim da estação chuvosa no Ceará, que vai de janeiro até maio, o quadro de alerta de seca tem uma perspectiva positiva, apesar do cenário ainda preocupante dos reservatórios no Estado. Ao comparar os mapas de junho de 2016 e o mesmo período de 2017 do Monitor de Secas do Nordeste (MSNE), ferramenta de acompanhamento regular e periódico da situação da seca na região, é possível perceber uma redução neste ano, no grau de severidade da estiagem observada em algumas áreas do Estado. Essa redução, que aconteceu devido às chuvas do primeiro semestre, se dá principalmente na parte norte do Ceará, onde, em uma ampla área, nota-se que não há presença de seca relativa.
O cenário ainda é grave, já que uma área considerável no centro-sul do Estado está com algum tipo de seca, principalmente em algumas áreas do centro-sul e sudoeste, onde o fenômeno natural observado tem grau de severidade extrema. Nessa região, as precipitações foram mais escassas ao longo deste ano e, por isso, o quadro de estiagem observada não registrou mudanças tão significantes em comparado a junho de 2016.
Em junho de 2017, a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) informa que a chuva média observada foi de 23,3 mm. A Funceme destaca também que a média histórica do mês de junho é 37,5mm, o que mostra que o índice registrado em 2017 já é inferior ao do período.
Ainda segundo o órgão, o último registro com precipitações acima de 50 mm, neste ano, aconteceu dia 6 de julho. Nos demais dias, os registros foram escassos em quantidade e volume. Historicamente, julho não é um mês chuvoso, possuindo uma média histórica de apenas 15,4 mm.
Armazenamento
De acordo com os dados publicados diariamente pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), o volume total de água armazenada até ontem no Estado corresponde a 2,2 bilhões de m³ de água. Este volume, em termos percentuais, representa apenas 11,8% da sua capacidade total, que é de 18,63 bilhões de m³ de água.
Por causa do longo período de seca, observada nos últimos seis anos, o Castanhão, um dos principais reservatórios do Ceará, possui apenas 5,08% de água armazenada. Outros 108 açudes estão com volume abaixo de 30% e 40 reservatórios já atingiram o volume morto.
Para o presidente da Cogerh, João Lúcio Farias, o órgão está realizando um planejamento para o segundo semestre, na tentativa de diminuir os impactos da estiagem no Estado. "Em parcerias com inúmeras instituições, estamos analisando todas as bacias hidrológicas do Ceará e traçando um cenário para cada reservatório, discutindo como será realizada a operação até o fim do ano", afirma.
Investimento
O gestor afirma ainda que, desde o ano passado, têm sido intensificadas as fiscalizações de ligações clandestinas e conscientizando a sociedade, através de campanhas de educativas para a necessidade de economizar água. "Entregaremos no segundo semestre, por exemplo, cerca de 40 novos poços de água superficial, além de um poço horizontal, integrado a região oeste do Ceará", promete.
Para reforçar o programa de poços profundos, o Ceará ganhará duas novas máquinas perfuratrizes, que serão entregues nesta terça-feira (18). As perfutrizes são próprias para perfuração de poços em regiões de solo com embasamento cristalino, predominante nos sertões cearenses. Cada comboio é composto por uma máquina perfuratriz, um compressor e um caminhão. Esses conjuntos tiveram preço de R$ 1,8 milhão cada, totalizando investimentos de R$ 3,6 milhões. Com o reforço, o Ceará passa a ter 19 comboios.
Fique por dentro

Segundo semestre é de poucas chuvas

O segundo semestre, de um modo geral, é caracterizado por baixa pluviometria no Ceará. No entanto, nos meses de novembro e dezembro, historicamente, há o avanço de sistemas frontais em direção ao Nordeste e também a formação de Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis (VCAN's) sobre a região, o que deixa as condições mais favoráveis a ocorrência de precipitações no Ceará, principalmente no sul do Estado. Esses sistemas são considerados de baixa previsibilidade, sendo possível detectar o seu comportamento apenas no curto prazo (previsão de tempo), que no caso da Funceme, é para no máximo três dias à frente.

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