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Michel Temer faz novo pronunciamento e reafirma: "continuarei à frente do Governo”

O presidente Michel Temer (PMDB), na tarde deste sábado (20) informou, em novo pronunciamento, que irá solicitar a suspensão do inquérito ao Supremo Tribunal Federal (STF) aberto contra ele por corrupção, obstrução de justiça e formação de organização criminosa. Após o discurso, a defesa protocolou o pedido no Supremo.

Já no início da noite deste sábado, o ministro do STF Luiz Edson Fachin decidiu levar ao plenário do Supremo a análise da petição da defesa do presidente Michel Temer em sessão que será realizada na próxima quarta-feira (24). O ministro também autorizou a perícia no áudio apresentado pelo dono da JBS Joesley Batista.

Antes da decisão do relator da Lava Jato, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, havia pedido que o STF dê sequência ao inquérito. De acordo com o PGR, há uma contradição no pedido do advogado do presidente "visto que o inquérito existe justamente para a apuração dos fatos e para a produção de evidências, dentre elas perícias técnicas".

O fundamento de defesa é que: o áudio de gravação da conversa dele com Joesley Batista, dono da JBS, estaria com cortes e edições. “Por esse fundamento, não existe crime para ser investigado (...) A gravação é fraudulenta (...) Essa gravação clandestina foi manipulada e adulterada com objetivos nitidamente subterrâneos”, ponderou.

E enfatizou: "Levou muitas pessoas ao engano e trouxe essa grave crise ao Brasil, por isso no dia de hoje estamos entrando com petição no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender o inquérito proposto até que seja verificada em definitivo a autenticidade das gravações".

Temer questiona e desqualifica delator

Criticando diretamente o acordo de delação dos irmãos Batista, Wesley e Joesley, do grupo JBS, o presidente comentou: “nem aqui eles estão; esses criminosos fugiram para o exterior em absoluta segurança”. Temer disse que Joesley "é um conhecido um falastrão exagerado".

"O autor do grampo está livre e solto, passeando pelas ruas de Nova York [...]. Não passou nenhum dia na cadeia, não foi preso, não foi julgado nem punido. E pelo visto não será", desqualificou sobre o acordo firmado entre Joesley e a Procuradoria Geral da República (PGR).

Encontro admitido

O presidente admitiu que se encontrou com Joesley na noite do dia 7 de março, mas nega qualquer teor criminoso da reunião. Temer disse que Joesley queria apresentar suas demandas e que o recebeu como recebe "diversos setores da sociedade brasileira". Assim, ele reforçou a tese de que é vítima de uma conspiração do grupo JBS, que teria tentado negociar vantagens pessoais com o presidente sem sucesso.

Voltou a citar que não “comprou silêncio” de quem quer que seja. "Tenho crença nas instituições brasileiras e nos seus integrantes. Devo registrar que é interessante quando os senhores examinam os depoimentos, os senhores verificam que a conexão de uma sentença a outra diz: 'Estou comprando o silêncio de um deputado e estou dando dinheiro a ele'. A frase é 'Estou me dando bem', e eu digo: 'Mantenha isso, viu?'. Por isso, devo dizer que não acreditei na narrativa do empresário de que teria segurado juizes etc.".

No final, voltou a comemorar resultados positivos do Governo e relatou a importância da aprovação das reformas da Previdência e Trabalhista. “O Brasil não sairá dos trilhos. Eu continuarei à frente do Governo”.

O pronunciamento deste sábado (20) é o segundo em 48 horas, desde a última quinta (18), quando o presidente disse com tom enfático e, duas vezes: "não renunciarei". Na primeira ocasião, Temer falou à nação por pouco mais de 2 minutos. Hoje, foram mais de 12 minutos.

Perícia e pedido de suspensão

A defesa do presidente Michel Temer havia ingressado na tarde de hoje com pedido de suspensão de inquérito aberto no STF contra o peemedebista por corrupção, obstrução de justiça e formação de organização criminosa.

A petição foi apresentada pelo escritório do advogado criminalista Antonio Claudio Mariz de Oliveira, amigo do presidente. Nela, foi questionada a validade de gravação feita pelo empresário Joesley Batista em conversa com o peemedebista e solicitada a nomeação de um perito para analisar o conteúdo apresentado.

Na petição, é anexada reportagem da Folha de S.Paulo em que Ricardo Caires dos Santos, perito judicial pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, aponta em laudo que a conversa entre Temer e Joesley sofreu mais de 50 edições. O advogado do presidente avalia ainda como "precipitada e temerária" a acusação de que o peemedebista teria cometido crime de corrupção passiva.

DN Online

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