Empresa ligada ao presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), a
Confederal Vigilância e Transporte de Valores tem ao menos R$ 8,478 milhões em
dívidas previdenciárias com a União, segundo levantamento feito pela reportagem
no site da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. O total é referente a três
débitos com a União.
Como presidente do Senado,
caberá ao peemedebista conduzir a votação das reformas trabalhista e da
Previdência na Casa.
A maior dívida previdenciária da Confederal é de
R$ 5,943 milhões referente à unidade em Brasília (DF). Os outros dois débitos
são de R$ 1,479 milhão, no Rio, e de R$ 1,054 milhão, em Aparecida de Goiânia
(GO) – todos estão inscritos na Dívida Ativa da União. O Ministério da Fazenda
não divulga detalhes, sob o argumento de que é de “acesso exclusivo do devedor”.
Segundo a Fazenda, a Dívida Ativa é composta por
todos os débitos com a União, de natureza tributária ou não, que não foram
quitados por empresas ou pessoas físicas após o fim do prazo fixado para
pagamento. De acordo com o órgão, a lista não traz débitos que estão sendo
parcelados pelo devedor, suspensos por decisão judicial ou alvo de ação para
discutir a natureza da obrigação ou valor.
Operação
Administrada pelo sobrinho de Eunício, Ricardo
Lopes Augusto, a Confederal foi um dos alvos da Operação Satélites, deflagrada
na terça-feira passada pela Polícia Federal como primeiro desdobramento da Lava
Jato com base nas delações da Odebrecht.
Ricardo Lopes Augusto foi citado na delação do
ex-diretor da empreiteira Cláudio Melo Filho. Melo disse à Procuradoria-Geral
da República ter pago Eunício duas parcelas de R$ 1 milhão cada, entre 2013 e
2014. O valor seria contrapartida à aprovação de uma medida provisória. Segundo
o colaborador, o peemedebista enviou o sobrinho como “preposto”.
Via: Juntospelobrasil.com/
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