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Trecho do Cinturão das Águas será entregue em abril


O Trecho 1 do Cinturão das Águas interliga as águas do Rio São Francisco por meio das barragens Jati e Porcos, entre Brejo Santo e Jati ( Foto: Elizângela Santos )


O Ceará está todo estruturado para receber as águas do São Francisco e oferecer segurança hídrica mesmo em longos períodos de estiagem, garante o governador do Estado, Camilo Santana, durante visita ao Sistema Verdes Mares, na manhã de ontem. Segundo o chefe do Executivo estadual, enquanto a transposição não chega, todas as obras de infraestrutura são realizadas e algumas já sendo concluídas, como no caso do primeiro trecho do Cinturão das Águas (CAC), que deverá ser inaugurado em abril próximo. O trecho 2 já está em obras.

O Trecho 1 do CAC interliga as águas do Rio São Francisco por meio das barragens Jati e Porcos, localizadas entre Brejo Santo e Jati. A obra, segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Recursos Hídricos do Estado (SRH), já está 73% concluída, e vai beneficiar mais de um milhão de pessoas na Região do Cariri, atendendo diretamente às cidades de Jati, Brejo Santo, Porteiras, Abaiara, Missão Velha, Barbalha, Crato, Nova Olinda, Milagres, Farias Brito, Lavras da Mangabeira, Iguatu, Icó, Orós, Mauriti, Aurora, Cariús e Quixelô. "Uma de nossas prioridades é garantir o abastecimento de água para todos os cearenses", destaca Camilo.

Reunião

Sobre a transposição do Rio São Francisco, o governador explica que vai se reunir, mais uma vez, com o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, e ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, em Brasília. O encontro está marcada para a próxima semana. "Existe um compromisso firmado com o governo federal no sentido de que, se não houver empresa ganhadora nessa licitação atual, para que seja feita uma contratação emergencial. Vamos esperar até o fim de março e esperamos que as obras sejam retomadas em abril", diz.

Com obras paralisadas desde junho de 2016, o eixo norte da transposição de águas do Rio São Francisco terá aberta hoje a licitação para retomada das intervenções. O trecho será responsável pela chegada de água ao Ceará. De acordo com nota do Ministério da Integração Nacional, a obra está com 93,42% de avanço físico. "Se elas recomeçarem em abril, deve chegar a Jati em outubro e aí mais dois meses para alcançar o Castanhão, até dezembro. Com isso, teremos tranquilidade suficiente para 2018", assegura.

Dessalinização

Sobre a atual quadra chuvosa, Camilo avalia que ainda é cedo para uma análise mais profunda, mas reitera a preocupação com Fortaleza e Região Metropolitana. Uma outra alternativa para garantir água potável, adianta, é a instalação de uma usina de dessalinização da água do mar. A ideia, diz, é implantá-la no Mucuripe. "A usina dessalinizadora será de porte pequeno, com capacidade para produzir apenas um metro cúbico de água ou mil litros por segundo, volume que a ser injetado diretamente, como reforço, na rede de distribuição da Cagece. Isso vai aliviar bastante a demanda".

Ainda de acordo com ele, o plano é que a usina comece a funcionar no segundo semestre deste ano. "Se conseguirmos sucesso com o empreendimento, a ideia é atrair empresas particulares para uma Parceria Público Privada (PPP), cuja empresa ficará responsável pela gestão e investimentos no sistema", disse.

Por Lêda Gonçalves - Repórter

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