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Confirmada primeira morte por febre chikungunya no Ceará

Foto - Cid Barbosa
A Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) confirmou o primeiro óbito por febre chikungunya neste ano no Ceará. O dado está presente na Atualização Semanal das Doenças de Notificação Compulsória, divulgado no dia 7. De acordo com o relatório, o óbito foi registrado em Fortaleza, município com o maior número de casos da doença no Estado em 2017, já somando 367 ocorrências. A fatalidade vinha sendo investigada pelo órgão estadual desde fevereiro. A Sesa, contudo, não forneceu informações sobre a vítima. No total, segundo o documento, 661 pessoas foram diagnosticadas com a arbovirose no Estado até agora. Em relação à atualização publicada na semana anterior, houve aumento de 57% na quantidade de casos confirmados. Dezenove cidades cearenses registraram ocorrências da doença. Além de Fortaleza, Pentecoste e Baturité são os municípios mais afetados, com 110 e 106 casos, respectivamente.

O óbito confirmado nesta semana junta-se às 26 mortes registradas em decorrência da febre de chikungunya no ano passado, segundo o último boletim epidemiológico da Sesa, datado de 24 de fevereiro. O gerente da Célula de Vigilância Ambiental e Riscos Biológicos da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Nélio Morais, afirma que a doença tem provocado mais óbitos que o esperado no Estado e no restante do País, o que torna o cenário epidemiológico previsto para 2017 preocupante. "Nos outros países, a chikungunya não tem caracterização de óbito tão forte. No Brasil, não sabíamos qual seria a resposta clinica, mas agora vemos um número de óbitos além da expectativa imaginada", diz. Segundo ele, em Fortaleza, algumas áreas, localizadas nas Regionais 1, 3 e 4 concentram a maior parte dos casos. São os bairros Montese, Antônio Bezerra, Barra do Ceará, Cristo Redentor e Álvaro Weyne. Essas regiões vem sendo os principais alvos das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

O gerente da célula da SMS destaca que, neste ano, diante das chances de o Ceará ter chuvas dentro da média histórica, com maiores volumes que os registrados nos últimos anos, a vigilância deve ser dobrada. "Nesse período, a chance de formar criadouros em depósitos com acúmulo de água é grande. É tanto que nossa segunda maior epidemia de dengue foi em 2011, quando tivemos um dos melhores invernos em Fortaleza".

Por conta dos altos riscos de proliferação do Aedes aegypti, a SMS está intensificando algumas ações de combate ao mosquito. Um dos trabalhos promovidos é a Operação Quintal Limpo. O gerente afirma que ação visa à conscientização da população sobre a necessidade de limpar os quintais das casas, recolhendo objetos descartados que podem se tornar criadouros.

Visitas educativas
Outra medida é realização da Operação Foco a Foco, que consiste em visitas educativas a imóveis considerados vulneráveis ao desenvolvimento de focos. "Selecionamos os 100 mil imóveis mais problemáticos da cidade nos últimos anos. São imóveis com cacimbas e caixa d'água não vedadas, rampas de lixo nas proximidades, e fizemos visitas permanentes para sensibilizar os proprietários. Alguns até ficaram incomodados, mas eles precisam entender".

"Enquanto não resolvermos o componente educacional, não vamos resolver o problema. Não tem agente de endemias que dê conta. A população tem que criar consciência ou vamos pagar caro por isso", diz Morais.

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