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Dívida milionária limita atendimento em hospitais de Barbalha


"Estamos mendigando, pedindo esmola para conseguir atender a população do Cariri". Essa declaração, proferida pelo secretário executivo do Hospital e Maternidade São Vicente de Paulo, Antônio Ernani de Freitas, retrata bem a situação de outros dois hospitais da região: Hospital do Coração do Cariri e o Hospital Maternidade Santo Antônio. As três unidades são referências para mais de 60 municípios do Ceará, e passam por grave crise financeira há, pelo menos, sete meses.

De acordo com Ernani, desde agosto passado o hospital não recebe uma verba de R$ 250 mil do SUS. Segundo ele, a falta de repasse do recurso gerou uma dívida de R$ 1,5 milhão, que afetou diretamente diversos setores do hospital. Ele informa que por conta disso o hospital está em atraso com fornecedores de medicamentos e alimentos, e até os médicos estão sem receber desde dezembro de 2016.  “Não sabemos mais a quem recorrer. A situação só piora. Na radioterapia, há uma fila de pacientes para serem atendidos, mas não temos mais condições. Essas pessoas estão esperando para morrer. É uma situação grave”, acrescenta Ernani. Ele acrescenta que como medida emergencial, a partir da segunda-feira (13), os atendimentos que ultrapassarem o teto financeiro do HMSVP não serão realizados.

No Hospital do Coração, a situação também é preocupante. O teto de atendimento está fixado em R$ 272 mil, valor inferior à ampla demanda da unidade, e o acúmulo de déficit fica em torno de R$ 2 milhões. A unidade também estuda a possibilidade de suspender o atendimento a partir de março.

Dentre as três unidades, o Hospital Santo Antônio é o que apresenta um quadro menos crítico. A direção está dialogando com os demais hospitais e não decidiu se vai paralisar o atendimento. O Santo Antônio é o único especialista em traumas na região. Juntos, os três atendem cerca de 1.500 pacientes por dia.


Com informações do Diário do Nordeste

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