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Ceará tem maior número de focos ativos de queimadas em quatro anos



Por conta do difícil acesso ao local onde o fogo se alastrou, foi necessário, inclusive, o uso de um helicóptero para auxiliar o controle (Foto: Natinho Rodrigues/Diário do Nordeste)
Em 12/12/2016 às 07:50


O número de focos ativos de queimadas no Ceará detectados via satélite pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) já é o maior dos últimos quatro anos, contabilizando um total de 4.005 focos de incêndio até o último sábado (10). Contudo, o índice está próximo do total alcançado em 2012, quando foram distinguidos 4.040 pontos desencadeadores de chamas no Estado.

As chances de o índice se tornar ainda maior aumentam por conta de episódios como o ocorrido no último sábado, quando uma grande região do Parque do Cocó, na altura do bairro Salinas, foi consumida pelo fogo. De acordo com o atual gestor do Parque, Paulo Lira, o incêndio atingiu mais de um hectare da área de manguezal. Ainda ontem, o corpo de bombeiros realizava o resfriamento do solo. Por conta do difícil acesso ao local onde o fogo se alastrou, foi necessário, inclusive, o uso de um helicóptero para auxiliar o controle do fogo.

A suspeita do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBM-CE) e da gestão do Parque é de incêndio criminoso. Embora as análises técnicas para aferição dos prejuízos ao ecossistema local tenham início apenas hoje, a possível causa para o crime ambiental é a tentativa de invadir terras na área do Parque, antes que ele seja regularizado pelo Governo do Estado, o que deve acontecer no início de 2017, conforme declaração do governador Camilo Santana na última sexta-feira (9).

A fumaça causada pelas chamas chegou a causar transtornos para quem trafegava próximo àquela área. Os motoristas que conduziam pela Avenida Raul Barbosa precisaram acender os faróis dos carros para tentar garantir visibilidade. Moradores dos arredores também tiveram as casas tomadas pela fumaça.

Fogo

Só no Parque do Cocó, pelo menos outros três incêndios foram identificados, desde o último mês de outubro. No dia 9 daquele mês, uma área de 1,5 hectare de planície de inundação do Rio Cocó foi atingida pelo fogo, o que corresponde, aproximadamente, ao tamanho de um campo de futebol.

Já no dia 27 de outubro, mais uma vez o Parque foi tomado pelas chamas, na altura da Cidade 2000. Três viaturas do Corpo de Bombeiros foram acionadas para conter o fogo. Dessa vez, a possível causa do incêndio foi uma fogueira feita por pescadores para preparar os peixes depois da pesca, ato que também é proibido e configura-se como crime ambiental.

Médias

De acordo com o Monitoramento de Focos Ativos do Inpe, até o momento, o mês de maior ameaça de incêndios no Ceará em 2016 foi novembro, quando foram detectados 1.328 pontos de proliferação do fogo, seguido de perto por outubro, com 1.310 focos. Nos onze primeiros dias do mês de dezembro, o Ceará contabilizou um total de 400 focos de incêndio.

A tendência, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, é de aumento no número de queimadas nos últimos meses do anos. Isso decorre do aumento de temperatura característico da época, assim como de uma crescente na força dos ventos, o que propicia um maior alastramento das labaredas.

Fonte: Diário do Nordeste

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