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CE já cogita epidemia de chikungunya em 2017

Todos os anos, o Ceará elabora planos de combate ao Aedes aegypti. No entanto, para 2017, o planejamento não descarta epidemias da dengue e, principalmente, da chikungunya, doença que apareceu em 2015 e que em 2016, já soma quase 28 mil casos, com 14 óbitos. Aliada a isso, a questão da seca que castiga o Estado há cinco anos e obriga a população a armazenar água de todas as formas. O cenário preocupante foi apresentado na manhã desta terça-feira, pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), com o lançamento do Plano de Vigilância e Controle das Arboviroses, incluindo a zika, transmitidas pela mosquito.
O documento foi dividido em duas intervenções: em caso de normalidade, com registros dentro da média para cada período do ano e em situação de contingência ou epidêmica. Ele foi baseado em dados do último Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (LIRAa), realizado em 111 dos 184 municípios cearenses e constatou 10,81% ou 12 deles com alta infestação; 28,83% (32 municípios) se apresentam em situação de média infestação e 60,36% ou 67 com índice de infestação satisfatório.
Segundo dados da Sesa, até a semana passada, o Ceará somou 65,1 mil casos das três doenças, sendo 35,3 mil casos de dengue, com 25 óbitos; 27,7 mil de chikungunya, 14 óbitos; e 1,9 mil de zika confirmados entre janeiro e novembro. De acordo com o coordenador de Promoção e Proteção à Saúde, do órgão, Márcio Garcia, os municípios, em especial, os que terão mudança de gestor, não podem arrefecer as ações de controle do vetor. "E mais do que isso, necessitam também realizar a pesquisa viral para detectar qual o sorotipo infectou o paciente de dengue. Neste ano, 152 não o fizeram, o que fragiliza os esforços", analisa, acrescentando que ainda é cedo para afirmar que o tipo 2, o mais grave dos quatro sorotipos, retornou ao Estado. "Até porque, apenas uma amostra foi identificada e precisamos de mais para comprovar esse retorno". Por enquanto, assevera, o tipo 1, o mais comum, é o que prevalece no Estado.
O fortalecimento e unificação de condutas na detecção dos casos, medidas rápidas para evitar a proliferação da transmissão e circulação do vírus e notificações das ocorrências para análise do Laboratório Central (Lacen) também são apontadas como medidas estratégicas para impedir o agravamento dos casos. "Estamos trabalhando para que pelo menos 80% dos municípios realizem a pesquisa de sorotipos e desenvolvam estratégias". Ele salienta que, com a aproximação da quadra chuvosa, é importante a população ficar em alerta sobre os cuidados no combate aos focos do mosquito Aedes aegypti. "Até porque 60,6% dos depósitos de água, como cisternas, tambores e tanques registram focos do mosquito, seguidos por outros como vasos, prato de plantas, bebedouros de animais, com índice de 11,7%", observa.
Ações
Os municípios, aponta, são responsáveis pelo planejamento e pelas ações de combate ao mosquito, como por exemplo, as visitas de casa em casa, feitas pelos agentes de endemias, e a pulverização de inseticidas.
Mas cada cidadão também é corresponsável e precisa fazer vistorias periódicas em seus imóveis para evitar focos do mosquito, como evitar que água de chuva se acumule sobre a laje e calhas, guardar garrafas sempre de cabeça para baixo, encher até a borda os pratinhos dos vasos de planta e eliminar adequadamente o lixo que possa acumular água, como pneus velhos.

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