O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (25) a compra de 3,5 milhões de testes rápidos para detectar a zika. De acordo com a pasta, em apenas 20 minutos será possível diagnosticar se o paciente está ou já foi infectado pelo vírus em algum momento da vida. Atualmente, o teste ofertado no Sistema Único de Saúde (SUS) apenas indica o problema quando a zika ainda está presente na corrente sanguínea.
O governo investiu R$ 119 milhões para aquisição dos testes. A previsão é a de que dois milhões de kits sejam distribuídos na rede pública até o final deste ano e o restante até fevereiro de 2017. O teste será realizado em pessoas que tiverem sintomas da zika e com indicação médica, sendo que gestantes e crianças terão preferência.
O kit será produzido pelo laboratório público Bahiafarma, ligado à Secretaria de Saúde da Bahia. Ronaldo Dias, diretor presidente da empresa, afirmou que o nível de confiança do teste é de 95%.
Até 17 de setembro deste ano, o Brasil registrou 200.465 casos prováveis da doença, uma taxa de incidência de 98,1 casos a cada 100 mil habitantes. Além disso, três pessoas morreram em decorrência de complicações no quadro. O fato de que 16.473 gestantes possam ter contraído a doença também preocupa as autoridades, já que a zika pode causar más-formações no feto.
De acordo com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, o número de novos casos de microcefalia diminuiu 85% em outubro na comparação com o mesmo mês de 2015. No acumulado dos últimos 12 meses, foram registrados 2.063 casos confirmados da malformação possivelmente relacionados à infecção congênita, como ocorre com o vírus Zika.
O novos investimentos na área ocorrem antes da chegada do verão, período de maior circulação do Aedes aegypti, vetor da doença e também da dengue e da chikungunya, por conta das chuvas.
*Com informações da Agência Brasil
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