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Polêmicas e críticas marcam 1º debate entre RC e Wagner

No primeiro debate deste segundo turno das eleições, o clima foi de tensão entre os dois candidatos na disputa. Com troca de acusações e frases provocativas, os rivais Capitão Wagner (PR) e Roberto Cláudio (PDT) se enfrentaram ontem à noite na TV O POVO, em programa mediado pelo jornalista Fábio Campos.
Logo na pegunta inicial, eles entraram em discordância sobre dados e gastos da Prefeitura. Capitão Wagner que, por sorteio, começou a rodada de respostas do bloco, acusou o adversário de má administração do dinheiro público, por ter “inchado” da máquina.

“O número de cargos comissionados aumentou de 3.100 para 4.800. A Prefeitura gastou R$ 124 milhões com aluguéis de carros. Eu proponho cortes na máquina, acabar com a farra”, disse o candidato do PR. Ele chegou a dizer ainda que o prefeito tinha “problema com a matemática”.


Roberto Cláudio rebateu, dizendo que realizou cortes em cargos terceirizados e reduziu o salário dos secretários. Ele aproveitou para contestar os números do concorrente citando decisões da Justiça Eleitoral na última semana.


“Quem tem se confundido com dados é o senhor. A Justiça eleitoral disse isso oito vezes em oito julgamentos”, disse o prefeito, em referência ao direito de resposta que ganhou da Justiça.


De forma geral, o debate se provou uma extensão das polêmicas e embates do restante da semana, que envolveu peças publicitárias com acusações, críticas e ações judiciais. Entre elas, foi discutida mais uma vez a Central de Medicamentos, que gerou atrito entre as candidaturas. Falta de remédios nos postos rendeu o momento mais tenso entre os dois candidatos.


Como em poucas vezes nessa campanha, Roberto Cláudio assumiu tom ácido quando provocado pelo adversário. A postura mais incisiva do prefeito, que até então pouco se referia às críticas de rivais, se apresentou um dia após pesquisa O POVO/Datafolha mostrar que sua vantagem caiu de 14 para nove pontos percentuais. Ele criticou ainda “falta de experiência administrativa do rival”. Wagner, por sua vez, manteve postura mais agressiva.

Nos discurso de ambos, a guerra se travou nos detalhes e no choque de números. Dos dois lados, havia tentativas de desqualificar o adversário. O verbo “mentir” e suas derivações foram empregados com frequência no programa.

“Mentir é dizer que vai manter a passagem a R$ 2 e hoje ela está a R$ 2,75. É dizer que você ia ter medicamento entregue por motociclista na sua casa e nem no posto de saúde tem”, disse Wagner.
“Pena que não tenha direito de resposta para mentira em debate, só nas inserções da TV, senão teria que pedir para esclarecer tantos números falsos”, comentou RC.

Apesar da troca de farpas e tom desafiador até mesmo nas perguntas de tema livre, nenhum dos debatedores chegou a pedir direito de resposta à produção da TV O POVO. Em uma de suas respostas, o prefeito criticou o adversário: “Wagner tem dificuldade em reconhecer avanços”.

Dessa vez, Roberto Cláudio deixou de lado um de seus bordões de campanha: “para cada ataque, uma obra que fizemos”. Em vez disso, ele aproveitou cada oportunidade para tentar enfraquecer o oponente. Chegou a questionar, por exemplo, uso de um professor na propaganda de Wagner que diz ter 16 anos de experiência na rede pública, mas na verdade só teria um ano de concursado.

Capitão Wagner reutilizou o discurso de oposição do PT e apresentou dados da gestão da ex-prefeita Luizianne Lins para inferir que o adversário se aproveitou do legado da petista sem creditá-la. Ele também focou em promessas não cumpridas na campanha de 2012: “Temos que ter sinceridade e não encontrar desculpas esfarrapadas para promessas que não foram cumpridas”.

Diferentemente do primeiro turno, a discussão sobre segurança pública ficou em segundo plano. Entre as propostas que apresentaram, educação em tempo integral, merenda escolar, ocupação dos espaços públicos e qualidade do transporte urbano estiveram em evidência. A semana final de campanha, que começa hoje, terá outros debates.  

 Formato do debate
O debate da TV O POVO teve duração de 1 hora e 30 minutos. Ao todo, houve cinco blocos: quatro de perguntas e respostas e o último para as considerações finais. Cada candidato respondeu quatro perguntas elaboradas pela produção do programa. No restante de cada bloco, eles podiam fazer perguntas um ao outro, com temas livres.

Ações


Peças publicitárias de Capitão Wagner, como a que aponta que Central de medicamentos pertence à organização social e não à prefeitura e atende a todos os municípios do Estado, foram tiradas do ar por decisão da Justiça na semana passada. 

Ceará Agora.

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