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Pesquisa O POVO/DATAFOLHA. Roberto Cláudio tem 45%; Capitão Wagner 36%

A uma semana da eleição, nova rodada da pesquisa O POVO/Datafolha para o 2º turno mostra Roberto Cláudio (PDT) com vantagem de nove pontos sobre Capitão Wagner (PR) na disputa. No atual cenário, o prefeito tem 45% das intenções de voto, contra 36% do deputado estadual. Indecisos são 8%, enquanto 12% disseram que pretendem votar em branco ou anular o voto.

Em comparação com a última pesquisa do instituto, dos dias 6 e 7 de outubro, a vantagem do prefeito diminuiu de 14 para nove pontos. Ao todo, Roberto Cláudio oscilou três pontos percentuais para baixo, enquanto Wagner cresceu dois.

Na divulgação por votos válidos, onde são excluídos da conta indecisos e eleitores que declararam votos brancos ou nulos, a diferença entre os candidatos reduziu de 18 para 12 pontos. Neste balanço, que segue a forma como a Justiça Eleitoral contabiliza o resultado das eleições, o candidato à reeleição foi de 59% para 56%. Já o parlamentar de 41% para 44%.

A pesquisa foi realizada entre a última quinta-feira, 20, e a sexta-feira, 21, e ouviu 864 eleitores de Fortaleza. O levantamento capta, portanto, acirramento da campanha registrado na última semana, com ataques e troca de acusações entre candidatos. Ela também registra entrada de lideranças como Cid Gomes (PDT) e Tasso Jereissati (PSDB) na campanha.

A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, e a taxa de confiança é de 95%. Isto significa que, se fossem feitos cem levantamentos nesta metodologia, os resultados seriam os mesmos em 95 deles. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) com número CE-08669/2016.

Derrotados e segmentos

Nova pesquisa também apontou para onde vão no 2º turno os votos de Luizianne Lins (PT) e Heitor Férrer (PSB), 3º e 4º lugares, respectivamente, na primeira etapa.Entre eleitores da petista, votos se dividem quase igualmente, com 29% dizendo votar em RC e 28% em Wagner. Outros 25% dos eleitores da ex-prefeita dizem votar nulo ou em branco, e 17% estão indecisos.

Já vantagem de Wagner é maior entre eleitores de Férrer, com 43% afirmando votar no militar contra 33% no prefeito. Prometem votar branco ou nulo 20% dos eleitores do deputado, com 5% de indecisos. Após o resultado do 1º turno, tanto Luizianne quanto Heitor declararam neutralidade na disputa.

Antes liderando em todos os segmentos por sexo, idade, renda e escolaridade, o prefeito divide agora com o militar a preferência de eleitores de 16 a 24 anos (40% a 40%). RC e Wagner também empatam, dentro da margem de erro de três pontos, entre eleitores de 25 a 34 anos (39% a 40%) e com ensino superior (36% a 34%).

Tem disputa

Roberto Cláudio (PDT) se mantém franco favorito para a eleição em Fortaleza, mas o resultado do Datafolha dá fôlego ao Capitão Wagner (PR). Mostra que ainda tem disputa, que a eleição não está ganha. Pesquisas de 2º turno costumam ser enganosas. Como são dois candidatos, o voto que se tira de um vai quase integralmente para o outro. Assim, uma diferença de 20 pontos percentuais pode ser, na verdade, de 10. Diferença de 10 pode ser de cinco.

A oscilação ocorrida no Datafolha não chega a ser das maiores. Roberto Cláudio perde três pontos percentuais. Wagner ganha dois. Tudo na margem de erro. Porém, os efeitos combinados são de uma diferença que cai de 14 para nove pontos.

A diferença de cinco pontos foi tirada no intervalo de 14 dias. Da realização dessa última pesquisa até a eleição, o intervalo é de nove dias.

Wagner precisa tirar, assim, um ponto percentual por dia. Não é impossível. Porém, terá de intensificar o ritmo. Entre a pesquisa anterior e esta, a diferença reduziu ao ritmo praticamente de um ponto a cada três dias.

A favor de Wagner, o fato de essa reta final ser o momento em que o voto se define para valer. As conversas sobre política tomam as rodas. O corpo a corpo se intensifica. Outro aspecto que pode viabilizar mudanças mais bruscas é a série de debates, que começa neste domingo, na TV O POVO. A favor de Roberto Cláudio, a vantagem que ele ainda pode administrar. Mas, a folga diminuiu.

Por Érico Firmo
Colunista de Política

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