Costuma-se dizer que a história é contada, segundo a visão dos vencedores. Esse será mais um tabu a cair com a democratização da informação. A revolução da comunicação com as redes sociais, amparadas, na ânsia por participação nas decisões do poder está fazendo com que a história seja contada pelos espectadores, não mais pelos protagonistas.
Nessa segunda-feira, dia 26 de setembro, começamos a vislumbrar o que será debatido nos próximos anos na política brasileira: a legitimidade do Governo Temer. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, disse, durante na Universidade de São Paulo (USP), que o impeachment da presidenta Dilma Rousseff foi um “tropeço na democracia”.
Para Lewandowski, todos devem ter suas opiniões sobre impeachment, ou seja, ele levanta a questão que já é debatida nas redes sociais. O ministro, no papel de professor, analisa que o impeachment encerra um ciclo que acontece a cada 25 ou 30 anos no Brasil. Para Lewandowski no fim desses ciclos, lamentavelmente, cometemos um tropeço na nossa democracia.
E Lewandowski foi mais longe. Ele disse que os universitários, talvez, possam garantir um futuro melhor, mudando o rumo da história. Nas palavras do ministro, essa geração, igual as demais, se perdeu no bonde da história.
E tem mais...
O ministro Lewandowski também comentou sobre as mudanças na educação propostas pelo governo de Michel Temer. “Reforma do Ensino Médio por medida provisória? Alguns iluminados se fecharam num gabinete e decidiram: Vamos tirar educação física, artes. Nem projeto de lei foi. Não se consultou a população”, ressaltou.
Para ajudar e comungar com a revolta e a descrença de Lewandowski, na reforma do ensino médio, proposta por Temer está previsto a extinção matéria como sociologia e filosofia, além do Enem. Para bom entendedor, não é de interesse de Temer que nossos alunos aprendam a pensar.
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